Futebol: Razão x Emoção
Era uma vez um time, um clube. O clube não existe mais, ao menos não como conhecemos durante mais de cem anos. Novos ares, novos nomes, mesmas cores, mesmas dores. O time está aí, respirando por aparelhos. Postergando o inevitável fim. Um moribundo em metástase. Bons nomes entram e ficam ruins. Ao contrário da qualidade, a deficiência técnica, física e psicológica parece contagiosa.
O que fica é o mesmo amor de todos nós torcedores, pelo nosso finado Coritiba. Que falece e renasce ano após ano, tentando sempre ser protagonista, mocinho, mas acabando sempre como coadjuvante, ou vilão.
Não há muito o que fazer, sem lateral, meias, centro-avante. Será que temos técnico? Será esse elenco suficiente para a Série B? Continuaremos com os mesmos dirigentes, profissionais (in)competentes? Será que precisamos mudar tudo já ou dar tempo ao tempo? Será o Botafogo um exemplo, ou uma exceção? E o nosso caminho da porta estreita, a verdadeira porta à redenção?
Não há o que comemorar, mas também, ficar triste e brigar por futebol não vale a pena. Temos uma vida, mulher, marido, filhos, trabalho, e outros tantos problemas. Verdadeiros dilemas.
Não há dor que não acabe, nem prazer que perdure. Se o dia de hoje é ruim, amanhã pode ser melhor. Cair é ruim, mas não o fim do mundo. Espero e creio em ver o Coxa grande. Jogando em um Couto que receba decentemente sua torcida. Mais atletas surgindo no novo CT, e mais jogadores chegando, de qualidade, para vestir as nossas cores.
O Coritiba de 2023 pode estar acabado, com seu destino traçado. Mas nosso amor jamais será finado.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)