Futebol: Razão x Emoção
Quem diria que esta expressão, símbolo de festa,seria usada para refletir um momento tão obscuro. Se bem que de fato estamos mais num purgatório, ou vagando pelos campos esburacados da série B feito almas penadas.
Penando por um ponto, por uma posição. Evocando santos e profanos seres em rituais cabalísticos com velas verdes, brancas, pretas... tudo pra não morrer na praia.
São dois anos seguidos pulando sete ondas, vestindo branco, cueca amarela... Dois anos amarrando fita do bonfim, pagando promessa e fazendo outras.
Tudo pra sair deste martírio.
Quando foi que o Alto da Glória tornou-se monte Calvário?
Quem são os Judas de nossa via crúcis?
Mas existem algumas rosas nesse mar de espinhos, suficientes para mantermo-nos iludidos e confiantes, como essa vitória chorada fora de casa. Não fazia o que, nem trinta anos que ganhamos o último jogo fora? QUando da última sequencia de vitórias longe do Couto, Emiliano Perneta ainda tinha duas pernas...
Existe aquela luz no fim do túnel, que surge rápido e se vai ligeira, tal qual Mestre dos Magos, levando consigo a volta pro "lugar merecido", e nos deixando nos braços do vingador.
Resistir é preciso. Perseverar, necessário. Lutemos por dias melhores, depois, por pessoas melhores e um clube melhor.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)