Futebol: Razão x Emoção
Independência verdadeira é baseada na satisfação com o que se tem, o que se pode fazer, e o que se quer. É lidar bem com os fracassos e reagir positivamente com os méritos próprios e alheios. Independência é plenitude.
Num ambiente em que o complexo de grandeza impera (RADKE,Sigmar), é impossível ser independente. Não se pode ser pleno e livre querendo eternamente mais a despeito de ser plenamente claro a todos os envolvidos que isso é impossível de se ter.
Perder pro Galo e estar tranquilo, é independência - sem qualquer trocadilho com o galinheiro mineiro. Enfrentar o Flamengo, o Inter, obrigado apenas a dar o melhor com garra e profissionalismo, é libertador; aos jogadores, treinador, dirigente e torcida.
A submissão aos próprios anseios - sejam eles "ir para a libertadores" ou ganhar na loteria - nos obriga a lidar constantemente com os fracassos mais evidentes, o que leva à terceirização da responsabilidade.
Ninguém aguenta assumir tanta culpa, logo, qualquer nome além do seu é sempre um bom nome para culpar. O treinador geralmente é o escolhido.
Que esse ano de sobrevivência, empatia e percepção de nossas fragilidades dentro e fora de campo, nos ensine a querer de acordo com a realidade.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)