Futebol: Razão x Emoção
Mais fraco que os jogadores, só mesmo os repórteres da coletiva. Mas já falamos sobre isso.
Como Antônio Oliveira, e Carlos Zago, Kosloski reconhece a fragilidade do elenco. Disse com todas as letras que nossos jogadores são piores em qualidade do que os elencos dos times que brigam diretamente contra nós na zona do rebaixamento. Incomparável, portanto, negativamente, com os elencos que estão acima da 16ª colocação.
Durante muito tempo eu pensei que nosso elenco não era pior que o de vários outros times, mas, eu estava enganado. Eu não trabalho com futebol, sou apenas um consumidor apaixonado e humilde produtor de conteúdo sobre pontuais fatos. Então, vou reconhecer minha ignorância e humildemente seguir a opinião de 3 profissionais do futebol, de nações diferentes, com histórias diferentes, mas que concordam em uma coisa: o elenco do Coxa é fraco.
Assim sendo, não interessa se Kosloski fica ou sai, com esses jogadores que ai estão, não conseguiremos mais do que já conquistamos, ou seja, nada. Uma queda é o resultado justo. Não se trata mais de acreditar na manutenção; enquanto a matemática permitir, pela manutenção torceremos. Mas é impossível negar a clareza dos fatos. Nosso treinador é quem diz, e não eu, repito: “ o elenco é fraco”.
A responsabilidade então mais uma vez recai sobre a direção: a amadora, e a que se diz profissional. Eu vou fazer coro ao Brandão, não só porque não tenho ideia melhor, mas também por ser profissional e pessoa a quem respeito muito e pedir a saída de todos os jogadores e dirigentes ineptos. É preciso agir para ontem! Tudo sempre pode piorar. Olhemos o exemplo do Paraná. Que consigamos formar um elenco no mínimo capaz de disputar dignamente a CB/2024 e retornar à Série A em 2025.
Outra coisa que eu queria comentar com vocês, como disse no início, é sobre a falência do modelo de entrevistas coletivas. Talvez o problema não seja a coletiva em si, mas sim a qualidade dos profissionais que ali estão.
Parece que não são incompetentes apenas, mas até preguiçosos, a ponto de um repórter nem perguntar, apenas dizer: “analisa a partida aí pra gente, Thiago”. Eu se fosse o Thiago nem responderia esse biltre. Ele que ao menos tenha decência de fazer alguma pergunta. Tenha a honra e postura profissional para envergar um microfone e empostar sua voz frente a um profissional que está ali - derrota após derrota é verdade - mas dando a cara à tapa, e para uma plateia de milhões de torcedores em sofrimento.
Escutei a entrevista inteira do Kosloski, e fiquei pasmo com a pobreza dos questionamentos. Nenhum repórter fez qualquer comentário sobre uma jogada específica, posicionamento, esquema tático. Nenhum repórter trouxe dados da partida: posse de bola, cruzamentos, chances de gol. Nada!
Um repórter de uma conceituada rede perguntou assim: "O que fazer com a falta de sorte na hora de finalização?"
- “Macumba!”
Ironicamente seria assim que responderia, estivesse eu no lugar de Kosloski, à essa vergonhosa questão.
Sem querer, e com mais sorte que competência, um repórter perguntou sobre Robson e por que ele estava sendo escalado. Levando uma invertida que foi um verdadeiro gol do nosso jovem treinador, não contra o repórter, mas contra nossa vazada diretoria. Assim respondeu Thiago:
“ me fala um jogador que tá fazendo gol?” Para depois arrematar: “O cobertor é curto, (...), bem-vindo ao meu mundo”.
Robson tem raça, vontade, entrega. Se não vai no jeito, já que não temos qualidade para isso, só resta ao treinador tentar a força. Um pergunta, uma resposta e um jogador que resumem nosso triste ano. Que se repete há mais de uma década.
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