Futebol: Razão x Emoção
Confesso que nas primeiras rodadas dei uma de torcedor. Acreditei que poderíamos ter mais sorte, mais vigor. Pensei que seria possível brigar na página de cima da tabela, embora fosse cristalino o tamanho de nossa sequela. A história recente é cruel, fiel e diz, somos um time de série B. Mas quem torce ama, se ilude, não quer ver. O nosso campeonato chegou de novo. Saga atroz porém contumaz do campeão do povo. Estão todos a duvidar de Morínigo. Mas e o que dizer do estado do time do ponto de vista anímico? Se faltam estratégias e do nosso treinador, boas decisões, falta um pouco mais de entrega de alguns atletas, e muito do Head Simões. Quando eu pergunto, ouço gritos de todos: “eu demitiria!”. Mas um silêncio sepulcral quando retruco: “Ok, e quem você traria? São tantos os lances esquisitos, desastrados, que cheguei a desconfiar que o grupo estivesse rachado ou os salário atrasados.
Dei uma de torcedor e sonhei, e me vi acordar em um pesadelo com a lesão de Andrey. Será possível que tenhamos tanto azar, e perder o melhor reforço que pudemos contratar? O goleiro novo chega e se machuca. É macumba, trabalho, encanto, uruca. Algumas contratações não parecem, entretanto, terem sido acertadas. Mas sim tardias, em janelas mal pensadas e arriscadas. Além de William Farias, o melhor tática, espiritual e tecnicamente, falta em nossa meia cancha, uma mente. Temos pontas, finalizadores, mas carecemos de criadores. O problema, ao meu ver, não é pessoal ou invdividual e não dever ser assim tratado. Ou não demitimos em anos anteriores, vários treinadores, e mesmo assim acabamos rebaixados?
A situação está difícil, e precisamos de muita paciência. Ganhar todas dentro de casa, empatar e até perder fora com inteligência. Vai enfrentar o Palmeiras no Allianz Parque , por exemplo, levar o time titular pra que? Leva os reservas e deixa o imponderável sobrenatural acontecer. Atletiba, Goias fora, e outros tantos jogos sem sorte. Perdemos jogando melhor, é duro. Não há justiça nesse esporte. Há dinheiro, investimento, planejamento, mas isso é caro, difícil e leva tempo. Vai ser daquele jeito: com a chuteira no bico do coração. Precisamos de todos, motivados, engajados, sem exceção. Não deu pra viver só de Igor, paixão.
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