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Futebol: Razão x Emoção
Ser o pior Clube de todos os tempos uma vez é fácil, o difícil é se manter no fundo.
O Coritiba não cansa de quebrar recordes. É oficial! Esse time é o pior Coritiba da história. Mas o melhor nem é ser o pior. O melhor é saber que o pior Coritiba da história, antes do atual, era o de 2020, ou seja, há pouquíssimo tempo. O que só mostra uma capacidade imensa do Coritiba em se reinventar e deixar o que já era ruim ainda pior.
Menção honrosa ao setor de qualidade do Clube que, ao menor sinal de competência e evolução do elenco, trabalha duro para trazer reforços para nivelar por baixo a equipe. Destaque para o trabalho do coach mental que vem destruindo com cautela freudiana a mentalidade dos atletas, e à empresa de marketing do novo escudo que levou um ano para desenhar duas araucárias. Passar vergonha é um processo lento e que exige equipes multidisciplinares.
Voltando para dentro das quatro linhas, essa regularidade que o Coritiba vem demonstrando, não é por acaso e não é para qualquer um. Um fracasso não nasce ao acaso. É preciso método, dedicação e foco na busca do pior resultado, sempre. Desvalorizando profissionais, e contratando pessoas tão caras quanto ineficientes.
Estes retumbantes insucessos, por óbvio, não são frutos do trabalho de um único indivíduo, ou equipe. São necessários anos e anos de escolhas estratégicas duvidosas, e o mais importante: não saber o que está fazendo. Só quem não sabe o que está fazendo pode fracassar com graça. O Coritiba mostra que está atento ao que o mercado vem fazendo, e não tem receio em seguir exemplos bem-sucedidos de fracasso, inclusive aqui da nossa Aldeia, como Paraná Clube e Londrina.
Acima de tudo, o Coritiba é um clube unido, no qual todos os dirigentes e presidentes têm uma responsabilidade muito grande em manter as coisas como estão. Eles podem até revezarem no comando no clube, mas jamais perdem do horizonte as linhas mestras que balizam a instituição, que são: visão: ser o pior clube do Brasil. Missão: envergonhar a torcida. Valores: ineficiência, claudicância, compadrio e foco no desempenho pífio.
E vem aí a SAF, uma oportunidade para levar nosso fracasso a outro nível. Com o dinheiro oriundo de uma empresa que tem em seu portfolio outros grandes clubes de produtores de café e vendedores de consórcio, o Coritiba poderá pagar muito mais para que outros profissionais tão caros quanto desinteressados cheguem e mantenham os erros que vêm dando certo há anos.
Ser o pior Clube de todos os tempos uma vez é fácil, o difícil é se manter no fundo.
Sigam-me os bons.
@fernandoschumakmelo
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21 Ver todos os comentáriosO presente Blog é feito de textos, opiniões e debates frutos da luta constante entre a razão e a emoção. Razão que tenta explicar e compreender o futebol com argumentos ponderados, estatísticos, lógicos; enquanto a emoção simplesmente quer gritar, rir e pular nas vitórias, chorar nas derrotas, sem qualquer preocupação com o motivo, o contexto, ou a justiça do resultado. Que vê qualquer jogo que passa na T.V., que assiste todos os programas esportivos, que ama o futebol e ainda mais o Verdão, que suporta um turbilhão de emoções por conta do que alguns consideram apenas um simples jogo e ainda consegue justificar racionalmente este sofrimento: este Blog é pra Você!
Ao chegar em Curitiba em 1973, o migrante Otacílio Pereira Melo, oriundo de Guanambi-BA, poderia ter escolhido qualquer time para torcer. Mas o Campeão Paranaense e do torneio do Povo daquele ano, que tinha em seu elenco Aladim, Jairo, Zé Roberto, além de capitão Hidalgo, o escolheu primeiro. Nascia uma história de amor. E por conta desse amor, graças aos deuses do futebol o autor também não teve escolha. Sua primeira foto, logo na saída da maternidade, é com um “TIP TOP” do Verdão. O Título de campeão brasileiro veio quando ainda se quer podia andar, mas ao por pela primeira vez os pezinhos no Couto, entendeu o porquê de toda aquela paixão e respeito de seu pai pelo Coritiba. E assim Fernando Schumak Melo cresceu, comendo pipoca e descascando amendoim – velhos tempos - no Couto Pereira, aprendendo a entender e amar o Coritiba e o mais apaixonante esporte de todos: o futebol. Hoje, o advogado formado pela Direito de Curitiba, especialista em processo civil pela PUCPR, mestrando em Ci?ncia Pol?tica pela UFPR, sócio fundador do escritório Schumak & Luz, músico, guitarrista amante do rock’n’roll, marido da Camila, filho da Rosely, continua e continuará ao lado do Glorioso, seguindo sempre os ensinamentos do velho migrante: “Torça em primeiro lugar, depois reclame!”
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
