Futebol: Razão x Emoção
E pensar que alguns amantes do futebol raiz não queriam o uso da tecnologia porque teoricamente acabaria "com as discussões de bar", e as polêmicas oriundas de erros de arbitragem.
Além de um certo grau de ingenuidade, os contrários à tecnologia ainda não sabiam como ela seria usada, e esqueceram de colocar na sua equação mental o elemento humano que comanda o aparato.
Se o VAR fosse um avião e os árbitros os pilotos e copilotos, teríamos vários desastres aéreos com centenas de mortos por semana. Todos por falha humana.
O problema não é a International Board, a FIFA, muito menos a suposta constância nas mudanças das regras e suas interpretações. O problema é a ignorância e falta de bom senso dos árbitros.
Tanto os de campo como os de vídeo, aparentam ser pessoas com severa limitação cognitiva, além de uma fragilidade emocional imensa. Deixam-se influenciar por tudo, pelo que veem, ouvem, e, principalmente, pelo que ainda vão dizer deles nos programas esportivos. Tudo isso exacerbado por um desejo incontrolável de ser o protagonista do espetáculo.
Entre as condutas que comprovam o que digo temos o gesto sempre abrupto e violento ao dar cartão, seja amarelo ou vermelho. Os árbitros parecem que vão bater com os cartões na cara dos jogadores. A síndrome de pequeno poder claramente verificável no diálogo com os técnicos e os atletas, pedindo calma estando mais nervosos que seus interlocutores e tentando impor uma autoridade que não existe.
Aliás o árbitro no Brasil é isso: uma autoridade formal sem qualquer lastro na realidade. Uma autoridade que ninguém reconhece, ou porque é corrupta ou incompetente.
Mas não sejamos injustos, os árbitros comentaristas são ainda piores que os seus colegas de profissão em atividade. Conseguem ser inseguros e covardes na televisão, com auxílio de todos os monitores e fontes de informação possíveis. Imaginem como eram em campo. O VAR é de fato um reflexo de nossa sociedade: um avanço tecnológico entre humanos num ambiente ainda incivilizado chamado futebol brasileiro. O VAR é um perigo: uma Ferrari nas mãos de quem não sabem dirigir, trafegando bêbado em uma rua esburacada cheio de gente na calçada.
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