Futebol: Razão x Emoção
Calma, Antônio! Três cartões amarelos para um cara que nem entra em campo? É muito! Menos “piti” e mais trabalho. É inadmissível que a figura de liderança de uma equipe seja advertida tantas vezes dentro de qualquer torneio, ainda mais no paranaense que é nada mais que um laboratório.
Para a arbitragem estadual, Coxa e Atlético são como Corinthians e Flamengo para os árbitros nacionais, ou seja, se a arbitragem errar, vai errar a nosso favor. Isso é fato! A atitude destemperada do mister atrapalha o seu trabalho, bota pilha nos jogadores - que já são mais descontrolados por estarem no calor do jogo - e fomenta a inquietude do torcedor contra o time e contra ele próprio.
De nada adianta o discurso da diretoria de calma, de formação do elenco, se o comandante em chefe da equipe se comporta como um pirracento que está disputando final de libertadores. O líder de qualquer equipe, dentro e fora do futebol, tem de demonstrar segurança e frieza. Tem de transparecer aos jogadores que tudo está bem, mesmo quando não está. Isto não significa que não possa ficar nervoso, ou fazer cobranças mais duras e incisivas dos seus atletas e do trio de arbitragem. A questão é como e quando fazê-las. Ao tomar três cartões num campeonato em que o Coxa é amplamente favorito, conta com quatro vitórias e cujo título não signifca nada para a maioria dos torcedores, eu incluso, dá o treinador sinais de destempero e coloca sua capacidade de adminsitração de crises e elenco em cheque.
Em sua passagem pelo co-irmão, Antonio Oliveira também colecionou expulsões e chiliques. Suas coletivas por diversas vezes, segundo os próprios torcedores atleticanos, passavam do ponto. Por isso teve sua saída muito comemorada, não havia mais clima para sua permanência. No Cuiabá, em breve pesquisa na internet, descobrimos que foi expulso pelo menos uma vez.
Enfim, o Coritiba até aqui tem feito diversos testes, com várias formações (ou nem tanto), mas principalmente com peças diferentes. Precisamos, sim, é verdade, de mais alguns reforços, mas com o time que tem em mãos dá pra montar uma equipe no mínimo coesa e competitiva. Por isso repito: mister, preocupe-se menos com a arbitragem e mais com a sua equipe. Menos chilique e mais trabalho.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)