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Futebol: Razão x Emoção
Quem foi o campeão de 1987? Flamengo ou Sport? Assim como hoje, talvez um pouco mais, o futebol brasileiro era uma bagunça. A celeuma envolvendo os clubes, CBF e a malfadada Copa União foi para a justiça e hoje, em apertado resumo, me parece que os dois são campeões. Confesso que não sei o resultado oficial, tamanha a confusão. Se você sabe, deixa aí nos comentários. Mas também não interessa. O que importa é que nós somos os campeões indiscutíveis de 85, quiçá os únicos campeões com saldo de gols negativo da história – feito que ninguém jamais alcançará! - e teremos os dois campeões de 87 como primeiros adversários de relevo nacional.
O primeiro é o Sport, 12 de abril, 19h, no Couto de todos os Pereiras. Timinho encardido, que tem nomes como Vagner Love, sempre perigoso, apesar de veterano, entre outros, que, se não são craques, devem ser olhados com muito cuidado, como, Luciano Juba – cotado até para vir para o Coxa, - e o conhecido zagueiro Sabino. Ao contrário do Coritiba, o time de Enderson Moreira vem empolgando sua torcida, sendo líder do estadual e classificado para a final da Copa Virgulino Ferreira da Silva, a “Lampions” League.
Confesso que achava que tínhamos vantagem sobre o Sport, mas não. De acordo com o site “ o gol” – que seria muito mais legal se se chamasse “ o dibre” - temos 38 jogos, com 12 empates, 12 vitórias e 14 derrotas. Marcamos 40 gols e sofremos 41. Ou seja, nem de longe será um confronto fácil. Temos de fazer um excelente resultado em casa, no dia 12 de abril. Todos os caminhos levam ao alto da glória. E atenção diretoria: sem promoção, leve 18 pague 5, convidados, mosaico, nada do tipo. No máximo um green hell e só! É dia de torcedor raiz, daqueles que vão sempre e não de aventureiros, turistas e pés-frios. Até porque, ainda segundo o site, nossa maior vitória fora de casa contra eles foi de 0x1, e aqui no Couto o resultado mais comum é o 0x0.
A missão do Coritiba é ainda mais inglória se olharmos para o nosso desempenho ofensivo pífio até aqui. Não é porque não defendo a queda do treinador que não posso criticar, pelo contrário. O Coxa ainda não encontrou o caminho dos gols e foi instável defensivamente contra times terrivelmente mais fracos que o adversário pernambucano. Se fizermos um jogo modorrento e sem criatividade como por diversas vezes apresentamos, certamente não chegaremos às oitavas de final.
Para além dos quase secretos jogos-treino contra SPFC e SCCP, não temos como avaliar se o Coxa evoluiu ou não. Veremos na prática. Reforços na quantidade esperada e anunciada não chegaram, mas, Jamerson pode estrear. Apesar de tudo e de todos, estou confiante. Chegaremos às oitavas, nem que seja como contra o Criciúma, na marra!
O segundo é o Flamídia, sobre o qual, talvez, dedicarei outra coluna. Primeiro foco total na Copa do Brasil.
Sigam-me os bons @fernandoschumakmelo
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8 Ver todos os comentáriosO presente Blog é feito de textos, opiniões e debates frutos da luta constante entre a razão e a emoção. Razão que tenta explicar e compreender o futebol com argumentos ponderados, estatísticos, lógicos; enquanto a emoção simplesmente quer gritar, rir e pular nas vitórias, chorar nas derrotas, sem qualquer preocupação com o motivo, o contexto, ou a justiça do resultado. Que vê qualquer jogo que passa na T.V., que assiste todos os programas esportivos, que ama o futebol e ainda mais o Verdão, que suporta um turbilhão de emoções por conta do que alguns consideram apenas um simples jogo e ainda consegue justificar racionalmente este sofrimento: este Blog é pra Você!
Ao chegar em Curitiba em 1973, o migrante Otacílio Pereira Melo, oriundo de Guanambi-BA, poderia ter escolhido qualquer time para torcer. Mas o Campeão Paranaense e do torneio do Povo daquele ano, que tinha em seu elenco Aladim, Jairo, Zé Roberto, além de capitão Hidalgo, o escolheu primeiro. Nascia uma história de amor. E por conta desse amor, graças aos deuses do futebol o autor também não teve escolha. Sua primeira foto, logo na saída da maternidade, é com um “TIP TOP” do Verdão. O Título de campeão brasileiro veio quando ainda se quer podia andar, mas ao por pela primeira vez os pezinhos no Couto, entendeu o porquê de toda aquela paixão e respeito de seu pai pelo Coritiba. E assim Fernando Schumak Melo cresceu, comendo pipoca e descascando amendoim – velhos tempos - no Couto Pereira, aprendendo a entender e amar o Coritiba e o mais apaixonante esporte de todos: o futebol. Hoje, o advogado formado pela Direito de Curitiba, especialista em processo civil pela PUCPR, mestrando em Ci?ncia Pol?tica pela UFPR, sócio fundador do escritório Schumak & Luz, músico, guitarrista amante do rock’n’roll, marido da Camila, filho da Rosely, continua e continuará ao lado do Glorioso, seguindo sempre os ensinamentos do velho migrante: “Torça em primeiro lugar, depois reclame!”
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
