Futebol: Razão x Emoção
Nesse texto proponho a extinção da arbitragem tal qual conhecemos. Seria possível um campeonato de futebol sem árbitro?
Domingo, assistindo Flamengo e Internacional, lembrei-me do jogo de 2005 entre Corinthians e o mesmo time gaúcho. Naquela partida, um "erro" grotesco acabou por dar o título aos paulistas, do mesmo modo que Rafael Claus deu esse título aos cariocas. Dezesseis anos depois, tecnologias depois, a arbitragem continua a mesma. Pior, na verdade, pois agora erra e manipula o jogo com auxílio da tecnologia.
A falta do Rodinei foi de jogo, ninguém sequer reclamou. Passaria batido inclusive sem cartão amarelo. Mas o VAR e seus manipuladores jamais poderiam perder a oportunidade de mudar o destino do jogo. Sim, nossos jogadores são chatos, mal educados, fingidos, bem como nossos técnicos e dirigentes.
Mas nesse caso em específico, o jogo poderia ter continuado, ninguém reclamou, ninguém pressionou o Juiz, foi o pessoal do VAR que viu uma oportunidade de "fazer historia" e não teve dúvidas: interferiu. Rasgando o princípio da interferência mínima, além do bom senso, claro. Será que interfeririam da mesma forma se fosse contra o Flamengo?
O futebol é um ambiente no qual não existe confiança entre as partes. Árbitros veem jogadores como fingidos que querem ganhar a todo custo e que também veem o Juiz como um incompetente corrupto.
Assim sendo, seria absurdo pensar um jogo de futebol sem árbitro? Nas peladas que jogo temos apenas uma regra: pediu, parou. Que serve pra todos os casos: mão, falta, pênalti, e etc.
Seria muito utópico pensar num jogo baseado puramente na ética dos participantes e em seu espírito esportivo?
Isso em alguns lugares, de certo modo já existe. A premier league autorizou duas substituições por concussão por time, para além das mexidas tradicionais. E são os atletas e os médicos de cada equipe que decidem ser ou não casos de concussão. Salvo casos de fratura exposta de crânio, é algo totalmente baseado na moralidade e na ética dos envolvidos.
Se nada adiantam cursos, tecnologia, talvez devêssemos tentar algo fora da caixa: um campeonato sem árbitro, talvez apenas com o VAR comandado por um membro da comissão técnica de cada time, para decidir sobre impedimentos e se a bola entrou ou não.
Além da mudança de cultura proporcionada pelo campeonato sem árbitro seria uma alegria limar do cenário do futebol esses comentaristas de arbitragem que, depois de passar anos roubando e fazendo "cagadas" nos gramados, agora vêm "pagar" de autoridades, de modo canalha e covarde, por trás das câmeras.
PS. Uma vez que o Coxa é caído e os preparativos para a Série B estão em andamento, permitir-me-ei falar sobre a arbitragem brasileira.
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