Futebol: Razão x Emoção
O técnico A. Oliveira não é unanimidade entre os torcedores do Coritiba. Seja pelo comportamento do time, ou pelo seu próprio comportamento, o português divide opiniões. Com relação ao seu comportamento, é preciso que a diretoria de futebol e os hierarquicamente superiores coloquem o gajo no prumo. Duas suspensões, quatro cartões amarelos e um vermelho em 9 jogos, é inadmissível. E a diretoria ainda especula trazer Deyverson, quer dizer, não sei se aguentamos Deyverson, Manga e Oliveira no mesmo time.
Com relação à tática, o portuga gosta do 4-3-3, com dois pontas abertos, um avante centralizado, um volante com boa saída de bola e laterais que apoiem. O esquema com os extremos, exige uma participação intensa dos médios que toda hora caem por um lado ou por outro para triangular com o ponta e o lateral e fazer alguém chegar à linha de fundo ou infiltrar na área em diagonal.
A torcida cobra uma maior intensidade pelo meio e afirma que o rol de jogadas do Coxa é enxuto. Apesar de termos tido uma jogada ensaiada interessante no início do jogo contra o Londrina - quando todos esperavam o cruzamento na área, um toque rasteiro e uma ajeitada para o chute de Trindade, quase surpreenderam o goleiro do tubarão - devo concordar que faltam jogadas pelo meio. Na verdade, esse sistema de jogo é interessante mas exige movimentação constante, velocidade, e também inversões de jogo com passes certeiros. O time adversário consegue facilmente encaixar a marcação se as triangulações forem lentas e não houver surpresas, como um arremate de fora da área, ou uma inversão de jogo que tire a bola do lado apinhado de marcadores e descubra o outro extremo, ou o lateral livres do outro lado. Em resumo, o roda, roda, vira, solta a bola e vem tem de ser ágil, veloz e não burocrático e quase letárgico como vimos em alguns jogos.
O competente comentarista Rafael Oliveira da sabe deus qual é o nome esportes, emissora que transmite o paranaense, muito coerentemente apontou um outro problema sério. Contra pelo menos uns sete times da Série A, o Coxa não vai ter a bola como tem no rural. Seremos nós, sobretudo fora de casa, a nos fecharmos, e sermos obrigados a reagir e jogar em transição. Além de parte do segundo tempo contra o CAP, quando tivemos situações que nos obrigaram a ser reativos e não propositivos, não fomos treinados para suportar pressões e sair em velocidade no contra-ataque. O nosso campeonato não nos coloca em situação de reação, o que deve, espero, ser objeto de ensaio nos treinos.
No fim das contas, e do texto, estou satisfeito com o trabalho até aqui. Acho que a invencibilidade, mesmo neste fraco campeonato, considerando a chegada constante de jogadores, é um sinal que, se não emociona, anima. Espero estar emocionado no fim do ano, com uma permanência segura e tranquila na Série A, em uma posição digna na “tauba” de classificação, e com um avanço considerável na Copa do Brasil.
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@fernandoschumakmelo
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