Futebol: Razão x Emoção
Mais uma derrota, lanterna, briga dentro do estádio. Só falta mesmo perder para Antônio Oliveira. O fundo do poço não existe para quem está disposto a irr mais fundo.
O Sol da tarde de sábado, e o sabor da cerveja gelada eram prenúncios falaciosos do que estava por vir. A noite que caiu lindamente no Couto Pereira deu também a ilusão de que algo bom poderia acontecer. O gol achado no início do jogo, contribuiu para completar o ambiente enganoso no Alto da Glória.
Mas a realidade logo nos cuspiu na cara: empate do Galo com gol contra de Chancellor (ou foi do Hyoran?) Segundo gol contra da temporada. Naquele momento, diante do quadro total de desesperança e falta de confiança, todos sabiam que a virada mineira era certa. Ainda mais quando Eduardo Coudet faz entrar no jogo, saindo de seu fortíssimo banco de reservas, Pavon, Zaracho e Battaglia.
O Gringo apelou e o Coxa virou presa fácil. O time que já estava perdido e acuado, com a expulsão de Zé Roberto fragilizou-se de vez. Se tem alguma organização a mais, é mínima. Criatividade zero. Treinador novo cometendo erros antigos ao fazer escalações sabidamente equivocadas. E ainda dando cutucadas na torcida. Sim, alguns torcedores deveriam ficar em casa, pois estão indo só para vaiar. Mas daí a serem criticados por um treinador que não ganhou nenhuma, também já é demais.
E Gabriel tirado do time supostamente por problemas de joelho... Será? O goleiro, que de fato vinha falhando nos últimos jogos, era um dos que mais defendia o trabalho do ex-treinador português. Chegou a dizer publicamente que os atletas é que não entendiam o que Antônio Oliveira queria. Será que isso tem algo a ver com sua saída do time? Será que Zago está tentando provar que ninguém tem lugar cativo e que quem manda nessa “m” é ele? Diante da nau à deriva que é o Coritiba, não me surpreenderia. Vejamos o que acontece nos próximos jogos.
Alguns torcedores passaram vergonha além da conta. Nada justifica você querer brigar, arranjar confusão, invadir o gramado por conta de qualquer time de futebol. Pior ainda querer brigar por esse time que está aí. Se você se presta a levar spray de pimenta na cara, bomba e paulada nas costas, por conta de jogo de futebol, me perdoe, mas você é burro. Se você se coloca em perigo, e, pior, expõe famílias e pessoas inocentes aos abusos da polícia, parabéns! Você é um babaca!
Se por um lado temos o torcedor brigão que merece apanhar, de outro temos a PM com sua já tradicional reação desproporcional. Não estou dizendo que a polícia tem de reagir mansamente, com “por favores”, e “com licenças”. Mas fica claro que o Estado não tem um plano de ação para esses casos que não seja a repressão pura e simples. No fim das contas é sempre um bando de torcedor bêbado, machão de bando, contra policiais que não queriam estar ali sendo babás de marmanjo, aproveitando para descer o sarrafo e tirar um pouco do estresse do dia a dia.
Todos estamos consternados, destruídos. Mas violência não vai resolver nenhum dos nossos problemas. Aliás, pode piorar, com perda de mandos de jogo pontos. Sem contar na mancha indelével que causa na nossa imagem, ainda maculada pelo ocorrido em 2009. Mas se tem algo que o Coxa tem nos ensinando nos últimos anos, é que tudo sempre pode piorar. E nessa fase tenebrosa, podendo se isolar como pior versão de sua história, o Coxa tem a semana cheia para se preparar para enfrentar o ex-treinador Antônio Oliveira. Que saiu daqui sendo xingado de burro pra baixo. E se perdermos para ele?
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