Futebol: Razão x Emoção
Nem reativo, nem propositivo. Nem pela posse de bola, tanto menos pelos passes curtos e infiltrações marotas. Nem pelas tramas, tabelas ou jogadas ensaiadas. Foi no bumba meu boi, no vamo que vamo, ganhando um leitão por chutão, que o Coxa passou pelo Boa.
E daí? Boa Coxa! Vencemos em casa. Em tempos de crise, de escassez de recursos e qualidade, o que mais podemos querer além dos três pontos? Nada. Quem vive de bolsa-futebol não pode exigir o fino da bola.
Devemos sim nos regalar com as vitórias sofridas e com os empates modestos fora de casa. Como clube, concordo, é pouco perto do que queremos e do que nossa história nos prometeu. Mas como time, hoje, o pouco é muito.
Levantar a cabeça, matar um leão por dia, não deixar a bola punir, trabalhar e trabalhar, saber sofrer, estar imbuído de que graças a deus o grupo é fechado, são chavões e lugares comuns que nos fazem bem no momento. Se nossos alunos são medíocres, de que adianta um professor PHD?
Contra o Vila, toco e me voy! Me voy a defender-me e garantir um ponto. Se der pra vencer o Vila, beleza, se não, paciência em busca de um ponto. Fora de casa dá pra ter mais tranquilidade sem os tresloucados de copo meio vazio na mão que vão ao estádio apenas para afogar suas mazelas pessoais e fracassos profissionais.
Vai ser no drama, comendo grama, no bico da chuteira. Vai ser suado, chorado, muito disputado e pouco driblado. Vai ser dramático, emblemático, e, espero, didático nosso acesso à Série A.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)