Faça seuCadastro
Faça seu
31 
Futebol: Razão x Emoção
Cara, na minha última coluna, ainda tomado pela dor da derrota em Cascavel, eu te chamei de Muralha. Perdão. E pedindo perdão a você peço também ao Muralha, porque nenhum ser humano merece ser sinônimo de erro e fracasso. Mas você, Gabriel, é gênio. Craque. Não! Você é mais que isso: você é líder.
Eu sempre tento dar mais voz à razão nos meus escritos, mas sabe como é torcedor né, passional. Até o nome da coluna revela isso, razão versus emoção, e, como no futebol, um dos dois às vezes ganha. Mas ontem nos ganhamos por você, cara! Ontem você foi fantástico, o cara certo na hora certa. Não porque pegou o pênalti apenas, mas por tudo que fez durante o jogo.
Foi você Gabriel o primeiro a gritar com Bruno Vianna, motivando-o logo após seu erro crasso. Tamanha foi a segurança que você passou a ele, que o zagueiro até deu alguns passes, enfim, tentou jogar, esbarrando nas suas limitações técnicas. E pra coroar o seu trabalho de liderança, Bruno foi lá, bateu o pênalti e fez as pazes com a torcida e consigo mesmo. E você pegou um né, cara, mas calma, já chegamos lá.
Quando você defendeu aquela bola aos quarenta e tantos do primeiro tempo, eu olhei para o amigo que estava comigo no Couto e disse a ele “ rapaz, essa é a defesa da vitória!” Porque futebol não se ganha apenas fazendo gols, mas também evitando gols, defendendo, e você foi monstro. Ali você fez comigo o que fez com Bruno, deu-me vida novamente.
No segundo tempo, os nervos estavam à flor da pele. Andrey ( acho que foi o Andrey) deu uma no meio do cara do Criciúma, lembra? Na direita? Kuscevic ficou puto com ele e os dois quase fecharam o pau. A torcida envergonhada, triste, gritando “vergonha” para os dois. O que você fez? Pegou os dois pelo braço e abraçou os dois e eles rapidamente voltaram para o jogo. Se entenderam. Isso não é qualquer um que faz cara. Tem que ter moral. Tem que ter respeito. Como dizemos eu e meus melhores amigos: “ você não chega no açougue e pede: me vê meio quilo de liderança e setecentos gramas de carisma.” Você nasce com isso.
E Deus, se é que tá lá se importando com o futebol, se é que existe, enfim, essa força inexplicável que nos faz nascer, morrer, a terra girar, o Sol brilhar, não poderia deixar de te recompensar. Bem no final, você pegou o pênalti. E o nosso time, que estava em frangalhos emocionais, não errou uma cobrança. Graças a você, cara! Você é fod@!
Só pra não deixar de dar uma cutucada, me explica uma coisa, qual foi a do Antônio de pôr o Bruno Gomes de lateral? O cara estava esmerilhando no meio...Tem mais sorte que juízo esse português. Você acha que ele cai? Mas o que interessa é que vencemos, avançamos, e o pix caiu. Quando receber o “bixo” me chama para tomar uma!
Abraço cara!
-3
34
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
10 Ver todos os comentáriosO presente Blog é feito de textos, opiniões e debates frutos da luta constante entre a razão e a emoção. Razão que tenta explicar e compreender o futebol com argumentos ponderados, estatísticos, lógicos; enquanto a emoção simplesmente quer gritar, rir e pular nas vitórias, chorar nas derrotas, sem qualquer preocupação com o motivo, o contexto, ou a justiça do resultado. Que vê qualquer jogo que passa na T.V., que assiste todos os programas esportivos, que ama o futebol e ainda mais o Verdão, que suporta um turbilhão de emoções por conta do que alguns consideram apenas um simples jogo e ainda consegue justificar racionalmente este sofrimento: este Blog é pra Você!
Ao chegar em Curitiba em 1973, o migrante Otacílio Pereira Melo, oriundo de Guanambi-BA, poderia ter escolhido qualquer time para torcer. Mas o Campeão Paranaense e do torneio do Povo daquele ano, que tinha em seu elenco Aladim, Jairo, Zé Roberto, além de capitão Hidalgo, o escolheu primeiro. Nascia uma história de amor. E por conta desse amor, graças aos deuses do futebol o autor também não teve escolha. Sua primeira foto, logo na saída da maternidade, é com um “TIP TOP” do Verdão. O Título de campeão brasileiro veio quando ainda se quer podia andar, mas ao por pela primeira vez os pezinhos no Couto, entendeu o porquê de toda aquela paixão e respeito de seu pai pelo Coritiba. E assim Fernando Schumak Melo cresceu, comendo pipoca e descascando amendoim – velhos tempos - no Couto Pereira, aprendendo a entender e amar o Coritiba e o mais apaixonante esporte de todos: o futebol. Hoje, o advogado formado pela Direito de Curitiba, especialista em processo civil pela PUCPR, mestrando em Ci?ncia Pol?tica pela UFPR, sócio fundador do escritório Schumak & Luz, músico, guitarrista amante do rock’n’roll, marido da Camila, filho da Rosely, continua e continuará ao lado do Glorioso, seguindo sempre os ensinamentos do velho migrante: “Torça em primeiro lugar, depois reclame!”
1996 - 2024 © com o Coritiba desde a Internet discada.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
