Futebol: Razão x Emoção
Estávamos até em paz há alguns meses, mas, a mídia ficou louca. Quando passa muito tempo sem demitir alguém, sem furo, sem fato novo, perde a cabeça. Comentaristas e até apresentadores pediram ao longo da semana a cabeça de Morínigo. Esquecem-se, entretanto, da quantidade de reforços chegando, e que todos eles foram analisados e avalizados pelo atual treinador.
Primeira pergunta aos cavaleiros do apocalipse: SAI MORÍNIGO ENTRA QUEM? Nunca sabem dizer. " Eu não sou pago para contratar ninguém", eles dizem, E por um acaso, são pagos para demitir? Então, calem-se!
O pior é que os poucos veículos de comunicação monopolizadores da opinião, incitam e instigam a burrice e o comportamento de manada. Alguém começa a gritar "fora Morínigo"! Logo três, quatro, dez mil começam a gritar, e até os torcedores que nem sabem quem é Morinigo e que não entendem nada de tática passam a gritar também.
Ninguém sabe dizer o que aconteceu com o Clube e como o time se transformou negativamente, deixando ser aquele escrete que, por exemplo, moeu o Santos na ida da Copa do Brasil, empatou com o Galo fora e perdeu jogando bem contra os poodles.
Seria melhor não ter vendido já Igor Paixão e não ter trazido apenas agora os reforços que estão chegando, mas é impossível acreditar que a dificuldade nas contratações seja proposital e a venda do ativo fosse financeiramente evitável. Impossível crer que a diretoria e a comissão técnica que até anteontem tinham total confiança da torcida, tenham desaprendido a conduzir o futebol Coxa.
Uma coisa é nítida, Morinigo parece ter perdido o vestiário, mas não podemos mais admitir demissões de técnicos por pirraça de boleiro mimado. É imperioso que as maçãs podres sejam jogadas fora, o que inclusive deve ocorrer sem sombra de dúvida com a chegada de todos os reforços nacionais e estrangeiros.
Você me estressa muito, me decepciona, mas eu te amo, Coritiba. Seguimos juntos na nossa briga, que, passada a ilusão do início do campeonato e das boas atuações, é a briga pela manutenção e contra a queda. Nossa matemática, em que pese seja cruel e implacável, ainda nos ajuda. Temos 22 pontos em 21 jogos. 17 jogos a disputar e 23 pontos a ganhar para chegar ao mágico número de 45. Vamos obter estes pontos da seguinte maneira. Me cobrem ao final do campeonato:
a) 3 pontos contra o galo, b) mais 3 contra o Avaí, c) mais 3 contra Atlético Goianiense, d) Mais 1 contra o Botafogo lá, e)mais 1 contra o Ceará me casa, f) mais 3 contra o Bragantino, g) mais 3 contra o Cap na Baixada, h) Mais 3 contra o Fortaleza lá ( primeira e única vitória fora de casa), i) mais 3 contra o Flamengo em Casa. O resto dos jogos perderemos todos.
Estamos oficialmente na m3rd@, meus queridos, a situação é complicada. Mas nos livraremos da queda com 45 pontos. Não seria fácil demitir o treinador e esperar o milagre do fato novo. Não acho que nosso retrospecto seria diferente do que profetizei acima. Não existe solução fácil para problema difícil. Sigamos trabajando e as coisas vão se ajeitar.
Sigam-me os bons. @fernandoschumakmelo
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