Garra, Força e Tradição
Eduardo Barroca não é e nunca foi unanimidade entre a torcida do Coritiba.
Não que isso seja alguma novidade, muito menos algum “privilégio” do treinador, afinal qualquer um que estivesse no lugar dele. Até o Jorginho, mesmo com o acesso, encontraria resistência por parte da torcida.
A opinião da torcida sempre esteve dividida em relação ao Barroca. Lembro quando foi anunciado, muitos diziam que o estilo de jogo não era o ideal pra pra Série A, enquanto outros estavam ansiosos para ver um Coritiba com bastante posse de bola, propondo o jogo e jogando de forma ofensiva.
Confesso que fui um grande entusiasta do Barroquismo. Trazer um treinador que vinha com uma ideia diferente daquilo que vínhamos vendo no Coxa, nos últimos anos, era algo que me agradava muito.
Pra ser bem sincero, a ideia continua me agradando, mas ainda não vi nada que me enchesse os olhos até agora. Tanto que no último pós jogo do Coxanautas, questionei o trabalha do treinador: O time não vinha jogando bem, mudaram cinco peças e continuou jogando mal. Será que o problema são os jogadores ou o treinador?
Eis a dúvida...
Porém, não existe melhor momento para o professor Barroca conquistar a torcida e mostrar seu trabalho.
Uma final contra o Athletico, neste momento, é o cenário perfeito pro treinador mostrar seu valor. Se o campeonato estadual não vale muito, o clássico vale. Não é mais aquele time aspirante, com aquela desculpa esfarrapada de que vencemos o “sub23”. Agora, se vencermos, eles podem espernear, mas sabem o quanto vale vencer o rival, não importa a circunstância.
Taticamente, o jogo também é um grande desafio pro Barroca. O treinador, que gosta muito do “tatiquês”, será colocado em prova nesses dois jogos.
Não apenas por enfrentar um adversário com qualidade superior aos que enfrentamos até agora, mas também pelo estilo de jogo do técnico Dorival Jr, que inicia seu jogo da defesa, com o zagueiro Lucas Halter iniciando a maioria das jogadas do time; enquanto o Barroca gosta de jogador no campo do adversário, pressionando essa saída de bola. Espero também que o professor aproveite da fragilidade dos laterais atleticanos e explore as pontas.
Pra nós, vale a honra. Pro treinador, seu futuro no clube. Espero que Barroca tenha plena consciência disso e mande a campo um time aguerrido. Tempo teve, agora é a hora de mostrar seu trabalho.
E quem sabe a estrela do professor não brilha, o Sassá entra e faz o gol da vitória. Clássicos também servem pra isso e a história está recheada de exemplos assim.
Boa sorte, Barroca!
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