Garra, Força e Tradição
Faltam 10 dias para iniciar a temporada para o Coritiba. Até o momento, tivemos uma movimentação discreta no mercado da bola, mas vejo que temos um norte…
Pés no chão. Esse tem sido o perfil da diretoria, na montagem do elenco para 2022.
Pela primeira vez, em muitos anos, não vemos nenhum medalhão desembarcando no Alto da Glória.
Nenhuma contratação bombástica, nenhum jogador em decadência, com salários absurdos. O que vimos até agora, foram reforços com alta minutagem e que atravessam boas fases em suas carreiras. Tudo dentro de uma realidade financeira.
Parece e deveria ser o básico, mas não é o que estamos acostumados, por isso precisamos destacar algo que vem se tornando cada vez mais claro: o planejamento.
Ainda faltam reforços, a diretoria fala entre 10 e 14 e por enquanto chegaram apenas 4. O número é ainda é baixo, mas justificável, se pararmos pra pensar que o Coritiba não entrou em nenhum leilão, tampouco cometeu alguma loucura financeira. Isso, na minha opinião, tem sido o maior acerto da diretoria. É questão de matemática básica, não podemos gastar mais do que arrecadamos, caso contrário a conta não fecha e a nossa dívida aumentará.
Se partirmos para uma análise das características de cada reforço, vamos enxergar, no mínimo, coerência:
Começando pelo Egídio: Se as críticas ao Guilherme Biro (que eu não concordo com tanta pegação de pé) eram pela questão do apoio e a falta de cruzamentos, essas são as principais características do nosso novo lateral, que além disso traz uma grande bagagem em Série A.
Regis também chega pra preencher uma deficiência do nosso time de 2021. Famoso meia que “pisa na área”, é um jogador que além de criar jogadas, também aparece no ataque para finalizar. E essas características ficam muito claras com os números do jogador na última Série B, foram 9 gols e 10 assistências, em 29 jogos.
Alef Manga é outro jogador que chega rodeado de expectativas.
22 gols e 6 assistências na temporada. Artilheiro do Campeonato Carioca, pelo Volta Redonda e um dos principais jogadores do Goiás na Série B. Alto, rápido e com boa finalização, pode jogar tanto centralizado como pelos lados do campo. Além disso, combina com o esquema do Morínigo. Ataca, recompõe e preenche espaços…
Já Pablo García é uma aposta, não existe outra palavra que defina melhor a contratação. Se por um lado era visto como promessa do futebol uruguaio, por outro os números recentes não empolgam.
Mas vou dar o benefício da dúvida à diretoria, esperar e torcer pelo jogador.
Ainda faltam alguns reforços. Um zagueiro, no mínimo, para brigar pela vaga com Luciano Castán; um volante para o lugar do Val, que oscilou muito, apesar de ter qualidade e mais dois atacantes, um centroavante para disputar com Léo Gamalho e um jogador de velocidade, para termos opção de elenco e não sofrer como foi no ano passado, na ausência do Waguininho. Mas, hoje, podemos dizer que temos um bom esboço de time.
Se eu, na minha posição confortável de “tudologo”, pudesse dar um conselheiro à diretoria, seria breve: Continuem com suas convicções. Vocês estão no caminho certo!
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