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Kerwin Kuhlemann20/06/22, 22h49
Geração 90

A culpa da derrota

Depois da dolorida e revoltante derrota de domingo, fiquei refletindo sobre o jogo, tentando assimilar os detalhes e as razões que culminaram no injusto placar da partida.

O meu primeiro alvo logicamente foi a arbitragem, que mais uma vez cometeu erros grotescos contra nós. Quando o VAR chamou no primeiro tempo pra ver o possível pênalti cometido por Castán, logo se percebeu que a pessoa que comandava o equipamento não possuía noções básicas das regras, pois era nítido que a bola havia batido na perna do zagueiro Coxa Branca antes de tocar no seu braço, o que não configura infração. No final do jogo então a lambança foi tão grande que nem vale a pena comentar. Apesar disso, eu preciso reconhecer que apenas os erros da arbitragem não são suficientes pra justificar a derrota, afinal não fomos os únicos premiados na rodada, Goiás e Botafogo que o digam.

Meu segundo alvo foi a falta da sorte, nos centímetros a frente que Manga estava no gol anulado, ou nos resvalos que nos tiraram os gols certos de Igor Paixão e de Thonny Anderson em duas das vinte e quatro vezes que o Coritiba arrematou contra a meta adversária. Mas ainda assim, a simples falta de sorte não pode servir de desculpa para o revés sofrido.

Meu terceiro alvo foi o jovem goleiro Rafael Willian que começou e terminou a partida de maneira afobada, batendo cabeça com Luciano Castan. No lance capital da partida muitos disseram que se o goleiro não fosse na bola, nada teria acontecido. Por outro lado, se Castan não fosse no lance, Rafael teria socado a bola e o pênalti não teria sido marcado. Ou seja, podemos criticar o menino pela falta de entrosamento, talvez por não ter gritado neste lance, mas seria injusto imputar a ele a responsabilidade da derrota.

Depois ainda fiquei pensando que o culpado poderia ser o treinador Morinigo que demorou pra mexer ou Diego Porfirio que tomou dois cartões amarelos bobos, que resultaram na sua expulsão num momento crítico da partida.

Ao final, cheguei a conclusão que a derrota foi proporcionada pelo conjunto da obra, que reuniu todos os detalhes acima citados, além do fato que estamos tratando de um esporte chamado futebol. Como dizem: a bola pune, e a justiça só se faz com bola na rede, coisa que o Coritiba não foi competente em fazer neste domingo. Fato é, que nada adianta ficarmos lamentando e achando culpados para a derrota. O que mais importa é o que vamos fazer daqui pra frente, corrigir os erros e seguir lutando bravamente nesta longa e dura caminhada que é o campeonato brasileiro da série A.

Por mais que a derrota tenha me deixado extremamente aborrecido, eu não posso descartar uma performance com a intensidade que a torcida espera e que amassou o tão badalado time que se acha rival do Barcelona, mas continua tremendo quando enfrenta o Coritiba. Faço um registro especial para Willian Farias e Galarza que dominaram totalmente o meio de campo, ocupando espaços, e combinando poder de marcação e articulação. Matheus Alexandre e Thonny Anderson retornaram bem ao time, e Igor Paixão voltou a mostrar aquele "um contra um" que encantou o Brasil. A dupla de zaga voltou a mostrar segurança anulando praticamente todas as investidas do adversário. Enfim, foi possível ver muita coisa boa por trás dessa derrota, o que nos dá esperança de que este elenco tem condições de reagir ao momento difícil de oscilação e pressão pelo qual está passando.

Se eu pudesse falar algo para os nossos atletas eu diria: Joguem cada partida daqui pra frente como se fosse um atleTIBA, com a mesma gana, com a mesma vontade, afinal todos os jogos valem os mesmos três pontos. Não será sempre que a sorte não irá sorrir, que a bola não vai entrar, e que infelicidades irão acontecer. Precisamos acreditar, sem deixar que o caos se instale no Alto da Glória, e o ciclo vicioso de anos anteriores se repita, algo tão desejado pela turma lá de baixo e pela imprensa ruborizada. O momento é de união da torcida, de trabalho da Diretoria para vencer juridicamente o transferban, e de muito, muito trabalho para os atletas e comissão técnica.

Como sempre, Dá-lhe Coxa!

Saudações Alviverdes!

Kerwin Kuhlemann

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