Geração 90
Apesar do fraco desempenho, o Coritiba termina a primeira fase do Estadual com a pontuação máxima de 21 pontos, empatado com o Operário, mas ficando em segundo lugar pelos critérios de desempate. Embora a tábua de classificação pressuponha um cenário de tranquilidade, avalio que as onze partidas disputadas no campeonato paranaense serviram para estampar carências do elenco e acender o sinal amarelo para o técnico Morínigo e para a Diretoria em alguns aspectos.
A começar pelo gol, posição em que o Coritiba testou, de forma inédita, três goleiros e nenhum conseguiu trazer a confiança que a torcida espera para atuar no certame nacional que se avizinha. Alex Muralha, que tinha a confiança da Diretoria, voltou a falhar bisonhamente e terá dificuldades em sustentar a já questionada titularidade.
A lateral direita é outro setor que inspira atenção. Matheus Alexandre fez um péssimo campeonato, Val não tem convencido e Warley deve ser utilizado como ponta, o que traz a imperiosa necessidade do Clube ir ao mercado para suprir a posição, até que Natanael retorne de lesão.
Do ponto de vista tático, penso que faltou ao Treinador Morínigo testar mais sistemas e variações, o que na minha visão só aconteceu no primeiro tempo da partida contra o Cascavel. O esperado sistema no 3-4-3 nem chegou a ser usado, e muitas improvisações foram priorizadas em detrimento do uso de diferentes opções táticas.
Em compensação, o treinador paraguaio conseguiu o louvável êxito de rodar todo o elenco neste campeonato, dando oportunidades a praticamente todos os jogadores a disposição. Apesar dos minutos recebidos, os nossos jovens não deram o retorno esperado. Finalizamos o período de testes sem que tivéssemos uma grande revelação ou alguém que tenha minimamente despontado, como ocorreu com Igor Paixão em 2021. Com muito boa vontade, podemos dizer que o zagueiro Marcio amadureceu, podendo ser uma opção no banco para a sequência da temporada.
Individualmente, vimos aqueles onze que considerávamos titulares se consolidar definitivamente neste status, com pouca ameaça vindo do banco. A única posição em que ainda temos de fato uma disputa em aberto é a meia, onde Régis, Thonny Anderson e Robinho disputam posição, em que se pese nenhum dos três tenham impressionado até agora.
No aspecto defensivo, a partida contra o Maringá mostrou mais uma vez que o Coritiba continua dando muitos espaços, com uma marcação muito solta no meio campo, o que permite a infiltração do adversário, além de oferecer muitos contra-ataques e chutes de média distância, falhas estas que o Treinador Morínigo precisa corrigir urgentemente.
Apesar das várias ressalvas temos que reconhecer que o torneio estadual teve sua utilidade e que serviu para a finalidade pretendida dentro do planejamento. Com a conclusão desta fase de testes, a partir de agora não há margem para erros e derrotas. O Coritiba perdeu quando podia perder, e alguns jogadores falharam quando ainda poderia se admitir o erro.
A partir de agora, tanto no Estadual, quanto na Copa do Brasil e na Série A, uma jornada ruim ou uma falha individual pode custar muito caro, podendo comprometer a perda de uma vaga na fase seguinte ou até de um título.
Fica a expectativa de que a Diretoria e Comissão Técnica estejam atentos e atuem rapidamente para sanar os problemas evidenciados até então, para que não venhamos a sofrer novamente com as mesmas deficiências nas partidas decisivas que teremos na sequência.
Dá-lhe Coxa!
Saudações Alviverdes!
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