Geração 90
Torcer pelo Coritiba jogando fora de casa nesta temporada tem sido um martírio atrás do outro. Enfrentando o pior mandante da competição mais uma vez a equipe decepcionou seu torcedor e trouxe na bagagem para Curitiba outra amarga e doída derrota, aumentando ainda mais o vergonhoso retrospecto jogando fora de seus domínios.
Há algumas semanas atrás usei este espaço para dizer que esse time era fraco emocionalmente e precisava de um trabalho psicológico forte. Sofri um turbilhão de críticas, mas apesar disso continuo com a mesma convicção. Não há outra explicação para um elenco que se mostra tão sólido dentro de casa, e é tão frágil jogando fora do seu estádio, fato que o torna a equipe com mais derrotas na competição, atrás até do atual lanterna Juventude. Não é possível um time variar tanto de desempenho, postura e atitude em campo, simplesmente pelo fato de jogar em ares diferentes.
O único alento que fica desta partida contra o Botafogo, é que desta vez ao menos o Coritiba conseguiu competir com o seu adversário, coisa que não vinha conseguindo fazer. Mostrou uma atitude diferente é verdade, buscou agredir o Botafogo, e equilibrou a partida durante boa parte do tempo, apesar da derrota. Mas ainda é pouco, muito pouco. Notem que mesmo com essa pequena evolução, se não fosse a trave ajudar, o time alviverde teria retornado pra Curitiba com mais uma sonora goleada nas costas.
Dos novos contratados, ainda espero mais ver mais consistência no futebol de Rafael Santos, John Chancelor e Jesus Trindade, especialmente do primeiro que assim como quase todos os nossos laterais esquerdos, dá muito espaço na defesa pelo seu lado do campo. Os erros individuais voltaram a nos atormentar, desta vez com a falha de Luciano Castán, que eliminou qualquer possibilidade de reação do time.
Pelo lado positivo, Gabriel mostrou novamente que chegou pra ser o dono da posição e tudo indica que o guapo terá uma trajetória longeva a frente da nossa meta (Ufa! até que enfim). Bruno Gomes é outro que tem jogado muito e não pode mais ficar no banco. O volante marca, faz a transição e aparece para auxiliar no ataque, lembrando muito o papel que Andrey desempenhava antes da lesão.
O faro de gol apurado de Léo Gamalho tem feito muita falta. Infelizmente, assim como Diogo Porfírio, ele é mais um misterioso caso de desconforto muscular, numa equipe que desde maio disputa apenas um campeonato.
A lição que fica é que enquanto continuarmos a apresentar nossos vícios habituais jogando fora de casa, como a imprecisão nos contra-ataques, o desperdício de chances criadas, e as entregadas na defesa, continuaremos a ser inofensivos fora do Couto Pereira.
A sina continua...
Dá-lhe Coxa!
Saudações Alviverdes!
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