Geração 90
O jogo:
Fazia tempo que eu não via um Coritiba tão imponente e soberano em campo como foi neste domingo contra o frágil Toledo. Pra quem se acostumou a ver o Coritiba sofrer com os igualmente frágeis Maringá, Foz do Iguaçu e tantos outros nas últimas temporadas, deve ter se surpreendido com essa equipe tão ofensiva, vertical, organizada e impositiva. Não fossem as várias chances de gol perdidas, poderia ter sido uma goleada parecida com aqueles 9 x 0 contra o Francisco Beltrão em 2000.
O Goleiro:
Sem querer fazer um juízo definitivo do menino Arthur, mas está ficando evidente que ele ainda não tem condições de assumir a meta do Coritiba. 6 jogos, 3 falhas graves. Talvez seja a hora de testar Marcão e Diego. Por sinal, como temos dificuldades de revelar grandes goleiros. Desde os anos 90 eu não vejo um goleiro da base se firmar no time de cima. Dos que me lembro e chegaram perto, talvez podemos citar o Junior em 99, o Vaná em 2015, mesma época em que apareceu o Tadeu que nem chegou a jogar aqui, mas apareceu bem no Goiás recentemente.
O Treinador:
Como é bom ver o time do Coritiba fazendo triangulações, jogadas ensaiadas, os laterais fazendo ultrapassagens, coisas básicas do futebol, mas que estavam raramente aparecendo pelas bandas do Couto Pereira. Vejo muito mérito disso no Treinador Gustavo Morínigo, que além de estar se mostrando um ótimo profissional, tem sido muito coerente nas entrevistas pós jogo, criticando as falhas do time mesmo nas vitórias. Que continue assim Maestro!
O Elenco:
E o elenco vem ganhando força. Nossas laterais estão bem supridas por ora. Se o Igor manter o nível de domingo vai ser difícil para o Natanael retomar seu lugar. Na zaga, Wellington Carvalho está se mostrando um pouco lento (como se esperava), por outro lado Castán está jogando o fino da bola e ainda está marcando gols. No meio nossas opções estão sobrando. Falta espaço para o treinador escalar Matheus Salles e Robinho, imaginem se vier o Gustavo Buchecha. No ataque, Igor Paixão vem produzindo acima da expectativa e Léo Gamalho está dando sinais que irá fazer uma grande temporada. Pena que Waguininho não está seguindo o mesmo caminho. Conclusão: Precisamos de um zagueiro, um ponta, e um centro-avante. Pelas informações do Rogério Scarione, tudo indica que Henrique vem aí para suprir a primeira dessas três posições, assim formaremos a melhor dupla de zaga desta Série B.
A TV Coxa Prime:
A vitória maravilhosa de domingo diminuiu um pouco as atenções voltadas as falhas clamorosas ocorridas na transmissão do jogo da TV Coxa Prime, digna de uma reavaliação contratual da empresa terceirizada responsável pela transmissão. Interrupções, imagem ruim e robotizada, câmeras mal posicionadas, erros nos placares, situações que nem a TV grátis da CBF (Mycujoo) entrega. E o pior, é um serviço bem remunerado pela torcida, inclusive pelos sócios que deveriam ser isentos de taxa. Ponto negativo pra Diretoria neste quesito.
O Rafinha:
É chover no molhado. Mas como é maravilhoso ver o Rafinha jogar com a camisa do Coritiba. Em 20 minutos ele articulou, lançou, deu passe de letra, assistência e ainda marcou o seu. É craque, é ídolo. Mas apesar de tudo isso, devemos lembrar que a nossa condição financeira é delicada e estamos numa série B, portanto não podemos cometer loucuras financeiras de outrora para mantê-lo. Logo, espero que o craque e a diretoria cheguem logo num denominador comum, para que consigamos continuar vê-lo desfilar seu talento com a Camisa Coxa e marcar ainda mais seu nome como uma lenda alviverde. #RenovaRafinha
Dá-lhe Coxa!
Saudações Alviverdes.
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