Geração 90
Falar do Coritiba tem sido cansativo. Parece que todo ano dizemos a mesmas coisas. Parece que todo jogo é a mesma sina. Tenho até evitado escrever sobre o Coritiba porque é inevitável exprimir um sentimento de melancolia, ainda mais depois de uma partida como esta, contra o Bahia. O otimismo que sempre fez parte da minha vida parece estar indo embora.
Por mais que tenhamos brigado lá em baixo em outros anos, parece que neste período mais recente, a humilhação tem sido maior. O Coritiba, que eu aprendi sozinho a torcer, podia perder, mais nunca deixava de competir.
Este Coritiba atual, assim como na temporada passada, é inerte e inofensivo fora dos seus domínios. Um time covarde, que se mostra incapaz de agredir seus adversários, de chutar uma mísera bola no gol. A falta de qualidade por si só não serve como justificativa para a passividade, a incompetência e a irresponsabilidade dos atletas nos jogos fora de casa. O Coritiba parece um time sem alma, que não sente vontade de vencer, de surpreender e de contrariar a imprensa do eixo que tanto o despreza, com certa razão.
O Coritiba há mais de uma década judia da auto estima de seu torcedor, esmaga os resquícios do orgulho que sempre sentimos em ter times vencedores, raçudos e combativos, mesmo nos momentos mais adversos de nossa história. A alma guerreira que sempre nos acompanhou, parece estar ausente do time atual que aceita com facilidade a derrota, e que esmorece subitamente diante das adversidades durante as partidas.
O Coritiba é uma caricatura de time desde o início da temporada, que mesmo com os altos investimentos não foi capaz de jogar um futebol convincente em uma partida sequer. Este time não está a altura dos mais de 40.000 sócios e mais de um milhão de torcedores espalhados por todo o Brasil. Nada justifica este histórico de derrotas vexatório fora de casa.
Que estes jogadores e esta Diretoria tenham a vergonha na cara de fazer o que for preciso pra mudar este panorama. Não aguentamos e não merecemos mais sofrer jogo após jogo. Jogador descomprometido em zona de conforto precisa sair do time. Zago precisa separar o joio do trigo. Estes pseudoatletas precisam entender que estão vestindo uma camisa centenária, e que não é a toa que nosso hino prega que o Coxa é garra, é força e tradição.
Dá-lhe Coxa!
Saudações Alviverdes.
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