Geração 90
Começo de temporada é sempre um momento em que o resultado é colocado em segundo plano, pois a prioridade é testar e dar ritmo a todos os atletas do elenco, de maneira a aquecer os motores para a temporada que virá pela frente.
No caso do Coritiba, o desafio do clube consiste principalmente em formar uma equipe que consiga competir com os clubes que estão nesta série A de 2023, afinal todos estão minimamente estruturados para disputar o campeonato com chances de alcançar seus objetivos. É o primeiro de muitos anos que não temos galinhas mortas, ou aquelas equipes que dão toda a pinta que serão meros figurantes. Talvez o Goiás e o Cuiabá sejam os que chegam mais próximos a este perfil, mas nem de perto são cartas fora do baralho.
Neste cenário o Coritiba vai montando seu time, preservando bons valores da temporada passada como Alef Manga, Bruno Gomes, e Jesus Trindade, e agregando o elenco com poucas, mas relevantes contratações. Marcelino Moreno contra o Aruko e Rodrigo Pinho contra o Foz, apresentaram seus cartões de visita, mostrando serem jogadores de um nível acima do que estamos acostumados. É uma amostra pequena é verdade, mas o pouco que apresentaram já serviu pra alimentar a expectativa do torcedor.
A formação do banco de reservas no jogo contra o Foz deixou evidente que o Coritiba está definitivamente num melhor patamar. Se relembramos os suplentes do Coritiba em jogos iniciais de temporada nos últimos anos não encontraremos jogadores do nível de Natanael, Willian Farias, Fabrício Daniel, Robson, Kaio Cezar, Cadorini, Marcelino Moreno e Potker. Isso que Junior Urso e Bosquilla não estavam a disposição do treinador.
O português por sinal, ainda não tem margem pra grandes avaliações, porém tem me agradado muito a postura do gajo no seu discurso pés no chão, e enfatizando sempre o coletivo. Pra não ficar sem cornetar, entendo que Antonio Oliveira precisa priorizar mais os meninos Marcio Silva e Kaio Cezar nas alternâncias do elenco, afinal ambos tem enorme potencial para serem “grandes e gratuitas contratações” nesta temporada. Os demais não precisam ser tão testados.
Assim o Coritiba segue, firme no seu propósito de dar pelo menos mais uma passo no seu processo de recuperação e crescimento. Com menos volume, e mais qualidade. Com menos afobação e mais seriedade. Com menos discurso e mais trabalho.
Começamos a temporada como grandes candidatos ao descenso, mas o que temos visto até então acende a esperança de que até o início do Campeonato Brasileiro teremos um time de verdade pra torcer. Um time que continuará forte em seus domínios, mas que não se intimidará fora dele. Um time que terá alternativas técnicas e peças de reposição, e que conseguirá ao menos competir com seus concorrentes, honrando esta centenária instituição e principalmente, seus fiéis torcedores.
Dá-lhe COXA!
Saudações Alviverdes.
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