Geração 90
Ah Coritiba, qualquer hora você mata a gente do coração.
Seguindo a gangorra de emoções que caracterizou a trajetória Coxa Branca neste campeonato brasileiro, o jogo em Caxias do Sul não foi diferente. Da boa expectativa criada logo nos primeiros minutos, com boas jogadas ofensivas e direito a bola na trave, a motivação do torcedor foi gradativamente diminuindo, ao ver o time da casa crescer na partida e até marcar um gol corretamente anulado pela arbitragem.
No segundo tempo, novamente iniciamos melhor que o adversário, porém o Coritiba não era incisivo o suficiente e nas poucas investidas criadas a bola insistia em não entrar. Depois dos 30 minutos da etapa final o time foi se desorganizando, sentindo a responsabilidade do resultado. Foi aí que o desespero foi tomando conta dos atletas. Os passes já não eram tão precisos, a calma pra construir jogadas não existia mais, restando para o torcedor apenas aquela esperança vazia de que no abafa, num lance pontual e fortuito a tão crucial vitória viria. E veio.
Quando todos nós já estávamos xingando jogadores, técnico e tudo mais, quando o empate já parecia certo, que aliado ainda ao resultado em Goiás estava nos colocando em uma situação pra lá de complicada, ocorreram 3 minutos mágicos que lavaram a alma do sofrido torcedor alviverde. Régis, ele mesmo. De criticado, quase rifado, o meia se tornou um predestinado, aproveitando uma sequencia de desvios após o lançamento de Jesus Trindade para chutar com convicção no canto, com a bola ainda beijando a trave antes de balançar as redes, e assim fazer com que muitos torcedores como eu comemorassem de maneira efusiva, tirando o grito preso na garganta, acompanhado de sensações de alívio e emoção. Ainda em meio a comemoração, a notícia do gol que sacramentou a virada do Santos sobre o Atlético-GO, que nos permitiu abrir 4 pontos da zona maldita, deixou a festa ainda mais completa. Final de jogo mais perfeito impossível, para premiar aqueles 1500 guerreiros que viajaram por 12 horas pra transformar o Alfredo Jaconi num Couto Pereira.
Embora mais uma vez o Coritiba tenha atuado abaixo das suas possibilidades, a vitória fora de casa finalmente chegou, e talvez no momento mais vital possível, nos colocando numa posição muito favorável na luta contra o descenso. Mas e agora? Agora não muda nada. A batalha continua, e não podemos baixar a guarda. Conquistamos uma boa vantagem e só. A mobilização não pode parar. Domingo, precisamos lotar o Couto Pereira e empurrar esse time pra cima do Flamengo, que mostrou contra o Corinthians que já está em ritmo de férias. Será a primeira de três oportunidades que teremos, pra por de uma vez por todas um ponto final nesse sofrimento, passar a régua e começar a planejar dias melhores.
Dá-lhe Coxa!
Saudações Alviverdes!
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