Geração 90
Salve Nação Coxa Branca, o futebol é um esporte diferenciado, que desperta diferentes sensações e sentimentos em seus aficionados, em que o acaso, o oportunismo pode definir uma partida, um campeonato. É o único esporte em que o Davi pode derrotar o Golias. E neste turbilhão de emoções, venho aqui aproveitar a oportunidade dada pelo COXANAUTAS, para compartilhar neste espaço os meus sentimentos com todos vocês.
Sou nascido em Curitiba, de uma família de pessoas que não gostam de futebol. Meu pai se diz vascaíno/santista, mas nunca acompanhou realmente de perto nenhum dos dois times. Não tenho tios/avôs/primos que gostem de futebol. Sou da geração 86, ou seja, na minha juventude presenciei basicamente o que de pior tivemos na história do Coritiba. Mas inexplicavelmente, quando tinha lá meus 7 ou 8 anos, adquiri um determinado afeto por um clube que tinha duas faixas verdes na camisa e uma estrela dourada reluzente no peito. Sofri na mão dos meus contemporâneos que em sua maioria eram paranistas, o time sensação da época. Porém, a partir de 1995 aquele afeto virou amor doentio, incondicional, que desde então sobrevive a qualquer situação, especialmente os últimos anos que tem judiado o coração de todo torcedor alviverde.
De lá pra cá, o acesso de 1995, o título do festival brasileiro em 1997, a histórica equipe de 1998 e principalmente o título estadual de 1999 marcaram uma geração de Coxas Brancas, que não presenciaram os áureos anos 70, nem o título brasileiro de 1985, mas que neste período sentiram a grandeza deste clube, o peso desta camisa, e a tradição que assegurou a existência do clube até hoje. Após esse período vieram os anos memoráveis de 2003 e 2004, a redenção em 2007, e o auge de 2011 e 2012.
A partir daí, percebeu-se um declínio vertiginoso do nosso clube, com gestões extremamente amadoras que culminaram no desempenho vergonhoso dos últimos anos.
Mas eis que a mudança de gestão nos provocou novamente o sentimento de esperança, e felizmente estamos assistindo movimentos e ações que nos levam a acreditar na revolução prometida pelo novo Presidente, Renato Follador. Entre elas, ressalto principalmente a estruturação do departamento de futebol, a visível melhoria no critério das contratações, e o profissionalismo na tomada de decisões. É claro que isto por si só não garante o sucesso, até porque estamos falando de um tal esporte chamado futebol. Mas é evidente que os cases de sucesso passam pelas providências que estão sendo tomadas pela nova gestão. Um amigo Coxa Branca me disse esta semana: “Ano passado tínhamos um time de série B na série A. Este ano estamos montando um time de série A para a série B”. Confesso que ainda avalio que não temos um time de série A, mas reconheço que meu combalido coração alviverde está mais esperançoso do que nunca com o elenco que está sendo montado, revigorando a minha crença em uma temporada vitoriosa.
Nestas primeiras partidas do ano, já demos os primeiros passos. Tiramos a zica em relação às primeiras fases da Copa do Brasil. Mesmo com os resultados magros, podemos ver que a Alma Guerreira está de volta. Wilson, Castán, Willian Farias, Rafinha, Robinho e Léo Gamalho já sinalizaram que serão soberanos nas suas posições. Natanael, Val, Romário e Igor Paixão já provaram que serão muito úteis. Temos mais do que uma espinha dorsal. Há ainda muito a ser feito, mas pergunto a vocês, qual foi a última vez que tivemos este sentimento de otimismo em um começo de temporada?
Que o ano de 2021 nos reserve grandes emoções, e que ao final desta temporada estejamos de volta ao lugar que nunca deveríamos ter saído, mas desta vez de forma planejada, estruturada e definitiva.
Dá-lhe COXA!!!
Saudações Alviverdes!
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