Geração 90
Depois de uma jornada desastrosa em Alagoas o Coritiba se recuperou com uma tranquila vitória sobre a Ponte Preta, finalizando com chave de ouro a primeira metade do campeonato. Tão importante quanto a vitória, foi ver o time voltar rapidamente aos trilhos após uma oscilação perigosa, a exemplo do que já tinha ocorrido em Ponta Grossa.
O desempenho do Coritiba já faz com que a torcida comece a imaginar um final de ano feliz e a mídia passe a veicular matérias mostrando a alta probabilidade de acesso do time a série A, porém o momento pede muito foco e serenidade. A liderança e o título simbólico do 1º turno não tem valor algum se o objetivo principal não for alcançado ao final da temporada. E a nossa história já nos trouxe essa lição. Em 2006 viramos o turno lá em cima na tabela e ficamos no quase. Prova de que o elenco precisa estar blindado a qualquer tipo de euforia ou acomodação.
A cada partida, esta série B mostra que não existe jogo fácil, e principalmente que peso de camisa não ganha jogo. Os badalados Cruzeiro, Vasco e Botafogo tem sofrido pra ganhar seus jogos, tendo muita dificuldade até para adentrar ao G4. O Coritiba, por outro lado, se consolidou rapidamente nas primeiras posições, fruto de uma equipe com uma disciplina tática quase perfeita, e de um padrão de jogo bastante pragmático implantado pelo técnico Morínigo.
Mesmo assim parece que uma parcela da torcida não parece satisfeita. Observando os comentários de alguns torcedores após os jogos continuamos a perceber uma insistência num pessimismo injustificado, numa postura que as vezes parece torcer contra o time ou contra certos jogadores para que suas percepções sejam validadas.
Não critico esses torcedores, porque já tive meus tempos de corneta, mas a temporada está provando que o sucesso de uma equipe vem através de fatores que colidem frontalmente com o sentimento passional do torcedor, afinal, se tivéssemos lá trás demitido o treinador e dispensado Waguininho, Robinho e Igor Paixão não estaríamos comemorando a liderança neste momento.
Fato é, que resultados dependem intrinsicamente de um trabalho baseado na continuidade, que permita o mais alto nível de conhecimento das peças a disposição, aliado a um ambiente saudável e organizado do ponto de vista administrativo e financeiro, imune a politicagens e boataria. Talvez esteja aí a razão do porque alguns jogadores medianos rendem em clubes menores e amarelam quando vem jogar no Coritiba. Aqui no Coritiba a pressão é muito grande, e o nível de exigência as vezes é incompatível com a realidade do clube.
Mas ao que tudo indica, este ano será diferente, cada vez mais a torcida está se rendendo aos resultados, adquirindo confiança e reconhecendo o trabalho do treinador e do elenco, evitando que se faça terra arrasada após acidentes de percurso como foi contra o CSA.
Os próximos jogos contra Avaí e Botafogo serão duríssimos. São dois adversários que vem numa sequencia ascendente no campeonato, e devem dificultar muito a vida do Verdão. Caso o Coritiba mantenha a pegada e colha bons resultados nestas duas partidas, finalmente conseguiremos descolar do pelotão de trás e retomar uma boa gordura para o restante do segundo turno. A partir de agora cada jogo é uma final, apenas nove vitórias nos separam do acesso. O Alto da Glória é logo ali.
Ahh... Vamos subir COXA!!!
Dá-lhe Coxa!
Saudações Alviverdes.
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