Geração 90
Sábado a noite, torcida no estádio, vitória suada e liderança mais do que isolada. O roteiro perfeito para alegrar o final de semana do torcedor alviverde. Fechamos a rodada com cinco pontos de vantagem sobre o segundo colocado, e nove sobre o quinto.
A vitória sobre o Guarani foi uma das mais cruciais até agora neste campeonato. Segurou um concorrente direto pelo acesso, abrindo 11 pontos de vantagem sobre o mesmo, e permitiu que o Coritiba se desgarre definitivamente do pelotão de baixo que aspira uma vaga no G4.
A situação na tabela e os próximos confrontos dão uma falsa impressão de que a fatura está consolidada e que o Coxa já subiu pra série A. De fato, o objetivo está próximo, mas como já vimos muita coisa quase impossível acontecer no futebol, é melhor adotar a cautela, até que a matemática nos permita comemorar. Os doze pontos que faltam precisam ser conquistados o quanto antes, pois a confirmação do acesso de forma antecipada ajudaria muito o clube no planejamento e nas contratações para a próxima temporada.
Mas o melhor do jogo do Guarani não foi o gol do Biro, as defesas do Wilson, e a grande partida do Rafinha, mas sim o retorno da torcida. Assistindo o jogo pela televisão foi possível verificar como a dinâmica do jogo se altera com o torcedor na arquibancada. Mesmo em pequeno número a torcida cantou o jogo inteiro, incentivou o time, fez pressão no adversário e na arbitragem. A vibração que tomou conta do estádio quando o pênalti batido por Régis estufou o travessão me fez lembrar um pouco o êxtase que tomou conta do Couto Pereira quando Giovanni cobrou aquela falta contra o Bragantino em 2019.
Quanto a partida em si, o Coritiba poderia ter marcado mais gols no primeiro tempo, evitando aquele sofrimento na previsível pressão que o Guarani faria no final da partida. Mateus Sales mostrou mais uma vez que está recuperando seu bom futebol substituindo em alto nível o suspenso Willian Farias. Val cometeu alguns erros é verdade, mas há que se ressaltar que é um dos jogadores que mais tentam o passe ou o lançamento mais difícil, além de ter muita presença a frente e bom chute de média distância, características que nenhum outro volante do elenco possui. Não a toa, foi a falta batida por Val que gerou o rebote muito bem aproveitado pelo merecedor Guilherme Biro, gol que veio para coroar o bom desempenho do garoto nesta série B.
Pela frente agora temos a partida contra o Confiança, que vem desesperado a Curitiba em busca de preciosos pontos para sair da zona do rebaixamento. Jogo teoricamente tranquilo para o Verdão, teoricamente. Esta série B já deu provas que camisa pesada não ganha jogo, então é mais uma vez a hora de El Patron controlar a ansiedade dos jogadores, pregando o foco e a humildade dentro do elenco pra que ninguém subestime o adversário.
Se a equipe Coxa Branca já vinha tendo um bom rendimento com o Couto Pereira vazio, com a torcida agora voltando a ocupar gradativamente a arquibancada vai ser muito difícil algum time tirar pontos do Coritiba jogando aqui em Curitiba.
Que todos nós possamos nos encontrar logo logo lá no Alto da Glória, chegar no Couto bem mais cedo, e comemorarmos juntos o acesso a série A, e porque não, o título da série B mais difícil da história.
Dá-lhe Coxa!
Saudações Alviverdes.
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