Geração 90
Nesses quase trinta dias de Copa do Mundo vivemos várias emoções, presenciamos grandes zebras e surpresas, nos decepcionamos mais uma vez com nossa seleção, mas ao menos fomos brindados com uma das maiores e mais épicas decisões de Copa de todos os tempos. No final, de forma mais do que merecida, o gênio Lionel Messi, o melhor jogador desta geração foi agraciado pelos deuses do futebol com a glória máxima deste esporte. Nada mais justo, devemos reconhecer.
Depois de uma pausa para acompanhar o maior torneio de futebol do mundo retorno a este espaço, para tratar do que mais importa quando o assunto é futebol, o nosso Coritiba.
Neste lapso temporal muito pouca coisa aconteceu pelas bandas do Alto da Glória. O noticiário alviverde neste período se resumiu a algumas dispensas previsíveis e o fato principal, a troca do treinador Guto Ferreira pelo português Antônio Oliveira.
Sai o experiente técnico brasileiro que nos ajudou a escapar da degola, entra o gajo ainda iniciante, cujo trabalho no Cuiabá foi igualmente eficiente, sendo que na minha opinião o Dourado tinha um time até pior que o do Coritiba.
Embora eu não veja uma grande elevação de patamar nessa mudança, ao menos ela vem acompanhada com um pano de fundo recheado de especulações que sugerem a venda da SAF. Os rumores são reforçados a medida em que o clube não promoveu a mudança logo após o brasileiro, provando que não tratava de uma má avaliação da Diretoria acerca do trabalho de Guto Ferreira, que por sinal se mantém como um técnico bem prestigiado no mercado, tanto é que não ficou 24 horas sequer desempregado.
Pensando pelo lado positivo, Oliveira é jovem, já foi auxiliar de grandes treinadores, tendo boa margem e potencial para se desenvolver, além de poder ajudar o clube a explorar o emergente mercado lusitano que tem abastecido com frequência os principais times da europa com grandes jogadores.
Mas a figura do treinador, apesar de importante, é apenas uma peça na engrenagem do time que o Coritiba formará em 2023. Espero que os atores principais, aqueles que estarão dentro de campo, sejam criteriosamente escolhidos e não demorem a chegar. Em 2022, a Diretoria Coxa Branca optou pela estratégia de não investir muito na primeira janela, que é reconhecidamente o momento mais inflacionado do mercado, para investir alto na segunda. Apesar de compreensível, não deixa de ser uma opção arriscada, pois na segunda janela sobra apenas aquele "resto", composto por jogadores encostados na maioria dos clubes, e que na maioria das vezes não dão o retorno esperado a curto prazo. Em 2022 tivemos a grata felicidade de garimpar Gabriel, Bruno Gomes e Jesus Trindade. Mas não é sempre que teremos essa sorte.
Se o clube deseja fazer investimentos mais modestos e apostar em jogadores de mercados menores este é o momento, afinal o estadual está aí pra fazer os testes necessários. No entanto, a Diretoria precisa mostrar para a torcida Coxa Branca que o patamar do elenco 2023 será muito superior ao da atual temporada, afinal a série A em 2023 será uma das mais difíceis das últimas décadas, tendo em vista que dos quatro clubes que conquistaram o acesso, três possuem investidores e o outro que é o Grêmio possui alta capacidade financeira. Fica o alerta.
Por fim, com a chegada do natal e do final de ano, chega também o momento de agradecer. Agradecer pelo Coritiba ter permanecido na série A e ter a possibilidade de montar um time mais forte no ano que se avizinha, continuando seu processo de recuperação. Agradecer pelo privilégio de ter todos vocês lendo, comentando e criticando minhas colunas, oportunizando sempre o bom debate de ideias. Agradecer a Marcelo Carneiro, Ricardo Honório, e todos os meus colegas de COXAnautas pelo ano maravilhoso que tivemos. Agradecer a Deus pelo dom da vida e por estarmos completando mais um ano da nossa trajetória.
Em 2023 estaremos juntos novamente para torcer e vibrar com o nosso Coritiba! Que todos vocês tenham um abençoado natal e um ano novo repleto de saúde, vitórias e conquistas!
Dá-lhe COXA!
Saudações Alviverdes.
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