Geração 90
Depois da oscilação ocorrida em Ponta Grossa, o Coritiba entrou em campo contra o Náutico com uma gana de vencer fora do comum, conquistando uma importante e valiosa vitória. Ao final do primeiro tempo já tínhamos dez finalizações contra apenas uma do Timbu, que por sua vez mostrou que deve ser o cavalo paraguaio deste campeonato.
A partida marcou a consolidação de três peças chaves desse time, e que contavam com a descrença de boa parte da torcida até bem pouco tempo.
A começar por Waguininho que tem se mostrado um jogador eficiente e humilde, que não performa lances de grande habilidade, mas faz partidas muito regulares, marcando gols e dando assistências. Como extra, o atacante também tem mostrado grande disposição na marcação.
Depois vem Igor Paixão, que mesmo com seus apenas 20 anos, tem demonstrado um futebol agressivo, insinuante e de grande velocidade, características escassas no mercado atual. Falta ao garoto apenas controlar um pouquinho a afobação, que tem prejudicado na última definição de algumas jogadas. A chegada da ótima contratação de Guilherme Azevedo deve qualificar o elenco e propiciar uma disputa muito sadia nas pontas.
E por fim, o principal jogador desse “novo” Coritiba, o polivalente Robinho. Aos seus 33 anos e após vencer uma sequência ruim de lesões, Robinho parece ter reencontrado seu grande futebol. Ele voltou a ser aquele meio campo chamado na europa de “playmaker”, que dita o ritmo do jogos e distribui o time em campo, fazendo de tudo um pouco. Na sexta feira contra o Náutico, Robinho ajudou Léo Gamalho a fazer marcação na saída de bola do Náutico, tabelou com os laterais, deu lançamentos e passes por infiltração, e ainda voltou para ajudar os volantes na marcação. E pensar que muita gente já tinha dado baixa nesse jogador.
Pra ser mais preciso, destes três citados, pouquíssimos acreditavam que um deles estaria no time titular do Coritiba a essa altura. Méritos do treinador Morínigo, que mesmo nos momentos mais difíceis bancou os três jogadores, dando confiança para que eles crescessem de produção, chegando inclusive ao ponto de escolhe-los no lugar do craque Rafinha. Os resultados tem mostrado que o paraguaio tinha razão.
Aliás, essa temporada tem servido pra mostrar como nós torcedores as vezes nos equivocamos nas nossas avaliações, esquecendo que o treinador analisa diariamente todos os trabalhos e treinamentos, acompanhando o desempenho individual e coletivo muito de perto. Coincidência ou não, os jogadores que vivem no banco de reservas tem decepcionado quanto entram, como foram os casos de Valdeci e Lucas Nathan (que até já foi embora).
Agora o jogo é contra o Brusque e vale a ponta da tabela. Oportunidade de ouro pra embalar no campeonato e perder o quinto colocado de vista. Porém o jogo vai ser uma carne de pescoço. O time catarinense tem uma equipe ajustada, e tem frequentado a parte de cima da tabela mesmo com dois jogos a menos. No entanto, o Coritiba tem se colocado como o time a ser batido neste campeonato, e mesmo com dois importantes desfalques – Natanael e Val – o time Coxa Branca tem elenco e qualidade pra trazer mais uma vitória para Curitiba.
Quanto a escalação, vou arriscar um pitaco: Eu colocaria o mesmo time que jogou contra o Náutico, com Igor e Rafinha no lugar dos suspensos, deslocando Robinho para fazer a função do Val.
Dá-lhe Coxa!
Saudações Alviverdes.
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