Geração 90
Como é bom acompanhar o noticiário esportivo da semana sem pensar em fazer contas contra o rebaixamento.
O Coritiba conquistou sua permanência na série A de maneira épica, com dois jogos de pura superação: a vitória tão esperada fora de casa nos últimos minutos e o triunfo sobre o time B do flamengo, que poderia ser o time A de cerca de 90% dos clubes que disputam esse campeonato.
Em ambas as partidas, o Coritiba jogou no seu limite técnico e físico, da maneira que se deve disputar partidas decisivas. Mas a pergunta que fica é: Será que este time poderia ter ido além ou a permanência é algo pra ser muito comemorado?
Eu fico com a segunda opção. Para alguns torcedores, comemorar a permanência pode significar algo muito medíocre para um clube centenário. Eu discordo. Num processo de reconstrução pós acesso, a permanência é um passo gigante para que o Coritiba possa voltar a ter relevância no cenário nacional.
Salvo aqueles clubes que tem uma grande investidor ao seu lado, os times que sobem da série B costumam sofrer no retorno a elite, pois ainda persiste uma dissiparidade financeira em relação a aqueles que lá já estavam.
Agora é o momento de planejar 2023 de maneira que o clube possa ser mais competitivo no próximo ano, promovendo captações e buscando segurar aqueles que deram a resposta em campo. Por falar nestes, é preciso destacar alguns atletas que foram primordiais no objetivo alcançado nesta temporada:
O Goleiro Gabriel, que trouxe a segurança e tranquilidade que a equipe tanto precisava, além de se mostrar um grande lider dentro de campo.
A dupla de volantes Bruno Gomes e Jesus Trindade, que supriram muito bem as ausências de Andrey e Willian Farias, num momento extremamente delicado no campeonato.
Fabrício Daniel que cresceu neste segundo turno sob o comando de Guto Ferreira, marcando gols importantes.
E principalmente Alef Manga, que mesmo criticado e sofrendo o rótulo de jogador pipoqueiro e displicente, deu a volta por cima. Chamou a responsabilidade e foi uma peça chave nesta recuperação.
Por fim parabenizo a Diretoria Coxa Branca que teve a sabedoria para agir no momento certo e manter uma atmosfera interna saudável e organizada, afinal eu sou daqueles que acreditam que a bola não balança as redes por acaso.
Agora, a vaga na copa sulamericana surge como um bônus, podendo presentear o comprometimento dos atletas, e principalmente, a abnegação e resiliência da enorme e apaixonada torcida Coxa Branca, que soube carregar como ninguém este time nos braços durante toda a temporada.
Da-lhe Coxa!
Saudações Alviverdes.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)