Geração 90
Ao término da partida de sábado contra o Cianorte, o torcedor Coxa Branca respirava aliviado em ter visto um bom futebol que não era mostrado pelo Coritiba já há algum tempo. Mas nem tudo foram flores. Foi o tal jogo de dois tempos distintos. No primeiro tempo, o que se viu foi um time retraído que só assistiu o Cianorte jogar e rondar a nossa área na maior parte do tempo. Embora não tenha perdido chances claras, o ajustado time da capital das malhas proporcionou lances perigosos que por detalhes não se concretizaram em gols. Do lado do Coritiba, apenas Igor Paixão esteve aceso, e num lance isolado quase marcou um belo gol, num chute que beijou o travessão.
No segundo tempo a passividade deu lugar ao protagonismo e o Coxa mostrou quem manda no Couto Pereira. Com Alef Manga no lugar de Régis, o time entrou muito mais ligado e com mais mobilidade. O golaço de Egídio trouxe a tranquilidade necessária pra encaminhar a goleada, que poderia ter sido até maior.
Destaques para Igor Paixão, Léo Gamalho, Egídio e acreditem se quiser, Gustavo Bochecha. O volante, o qual eu mesmo já tinha dado baixa, fez nada menos que sua melhor partida com a camisa Coxa Branca. Conduziu a saída de bola da equipe, distribuiu jogadas, fez vários lançamentos precisos, e compensou a discreta jornada de Andrey, que acabou substituído. Espero que essa performance não seja apenas um ponto fora da curva, e sim represente a recuperação de um atleta que tem contrato, está a disposição do treinador e pode ser uma opção dentro do elenco.
A vitória veio em boa hora, não só pela classificação para as semifinais, mas também porque agregou muita confiança para os atletas enfrentarem os desafios futuros. O próximo já é quarta feira contra o time lá de baixo, que aparentemente perdeu a convicção no seu projeto de aspirantes, e temendo a desclassificação para o Londrina, colocou seu time principal em campo. Mesmo assim, venceram com as calças na mão, na disputa de penalidades. Isso mostra que hoje o futebol está muito igual, e que a soberba e a arrogância não ganham jogos.
Nos últimos anos infelizmente enfrentamos atleTIBAS com times flagelados e desorganizados. Mas para o desespero do rival, o Coritiba finalmente está enfrentando seus fantasmas e colocando a casa em ordem. Chegaremos diferente para os clássicos desta semifinal. A vantagem financeira logicamente ainda está do lado lá, mas o entrosamento, a confiança e o trabalho de longo prazo da comissão técnica está do lado de cá. E no futebol isto tem peso.
Sabemos que nosso time ainda não está pronto pra série A e que reforços ainda devem chegar para qualificar nosso elenco. Mas atleTIBA é um campeonato a parte, e é assim que a partida deve ser enfrentada por nossos atletas. É momento de superação técnica e física. É momento de nos inspirar em tantos momentos similares da nossa história, em que a imprensa nos colocava como o lado fraco do clássico e mesmo assim prevalecemos sobre o rival, resultando nos números do confronto, que de forma inequívoca mostram quem é o freguês do Coritiba.
Pra cima deles COXA!
Dá-lhe Coxa!
Saudações Alviverdes!
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