Geração 90
O ano de 2022 chegou trazendo poucas novidades para a torcida Coxa Branca. No apagar da luzes da temporada que findou o Coritiba anunciou os nomes de Egídio, Alef Manga e Pablo Garcia.
Egídio tem um perfil vencedor, jogou em grandes clubes do Brasil, conquistou títulos, parece estar em boa forma física, porém nunca foi um grande protagonista. A idade já avançada do lateral (35 anos) preocupa um pouco, pois o elenco já tem vários atletas acima dos 30 anos e as últimas temporadas da primeira divisão brasileira tem se mostrado bastante intensas no quesito físico. Considero que o aspecto defensivo do jogador demandará certa atenção do treinador Morínigo, por outro lado o atleta poderá agregar muito nas bolas paradas. Apesar das ressalvas, entendo que a vinda do lateral foi um acerto da Diretoria, pois dentro das possibilidades que o mercado atual oferece, bem como o que a capacidade financeira do clube permite, trata-se de uma opção bastante razoável.
Alef Manga já me parece um caso diferente. Teoricamente um ótimo reforço, teoricamente. Tem técnica, faro de gol (algo que estamos precisando muito!), e pode alternar como atacante de lado e centroavante. A ressalva fica por conta do aspecto comportamental que certamente dará muito trabalho ao professor Renê Simões, nosso novo head esportivo. Além da fama de badboy e atleta desagregador, o Goiás, seu ex-clube, buscou de todas as formas denegrir a imagem do jogador no mercado, atrapalhando algumas negociações com outros clubes da elite. Caberá ao agora atacante Coxa Branca aproveitar a grande oportunidade da sua vida, mostrar inteligência emocional, provar que a situação vivida no clube esmeraldino foi um ponto fora da curva e que ele não é a segunda versão do Sassá, podendo assim deixar seu nome marcado no Coritiba.
Por fim, Pablo Garcia. Este sim uma grande incógnita. Tem boas credenciais, em especial nas categorias de base e em clubes no Uruguai. Na sua passagem pelo River Plate (ARG) sequer entrou em campo. Certamente este atleta é uma aposta da Diretoria somada a uma oportunidade de mercado. Calejado pelas decepções vividas com Ibérbia, Ruidías (Messi Peruano), Alvarenga e alguns outros não guardo tantas expectativas em relação a este jogador, mas torço muito que o jovem uruguaio interrompa essa sina de estrangeiros não vingarem no Coritiba, especialmente atacantes. Talvez o fato da nossa comissão técnica ser paraguaia facilite um pouco a adaptação e desenvolvimento do atleta.
No âmbito geral, o Coritiba tem sido muito tímido na sua atuação no mercado até o momento. Em que se pese o fato de termos contratado muito poucos atletas nestes 45 dias de inatividade, foi possível observar que o mercado está extremamente inflacionado e carente de boas opções. Jogadores medianos e medíocres estão sendo leiloados, exigindo cifras além dos 200 mil reais mensais, fato que talvez justifique o comportamento reativo e cauteloso da Diretoria Alviverde.
Como já falei em colunas anteriores, ainda lamento o fato do Coritiba não ter monitorado e captado jogadores mais jovens em mercados secundários (divisões inferiores, leste europeu, ásia) já no termino das competições do ano passado, e que provavelmente a essa altura já devem ter seus destinos selados. No entanto, a negociação do jogador Alef Manga mostrou alguma habilidade da Diretoria, no sentido de agir de forma sigilosa e rápida, aspectos cruciais para se fazer boas negociações.
Fala-se ainda na contratação de um Goleiro, um zagueiro e mais um atacante, já considerando como certa a vinda do meia Régis do Guarani. Para começar a temporada e disputar o Paranaense, o que já temos pode até ser considerado aceitável, até porque a base deverá ser mais explorada neste certame. Mas para o nosso principal objetivo que é a Série A, bem como a Copa do Brasil que se inicia logo mais, há muito que ser feito. É perfeitamente compreensível a nossa limitação financeira e a estratégia adotada pelo clube no mercado, porém é vital que Coritiba finalize o mês de janeiro com pelo menos 9 dos 12 jogadores planejados pela Diretoria já contratados, pra que não precisemos apelar para medalhões decadentes e incógnitas superfaturadas no meio da temporada como já vimos em anos anteriores.
Dá-lhe Coxa!
Saudações Alviverdes!
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