Geração 90
O Coritiba inicia sua participação na 33ª edição da Copa do Brasil indo a Arena Cajueiro enfrentar o Bahia de Feira, clube que vem fazendo bons campeonatos estaduais e se sobressaindo aos chamados grandes do Estado.
Se por um lado podemos dizer que o Coritiba deu azar em pegar um adversário bem organizado logo na primeira fase, ao menos o time Coxa Branca chega na competição bem mais qualificado e encorpado do que nas últimas participações, transmitindo a confiança de que nenhuma zebra irá acontecer na Bahia.
Ao compararmos as três últimas edições do torneio, percebemos que o Coritiba finalmente inicia sua campanha com uma base sólida, com vários atletas mantidos da temporada passada, agregados por bons valores trazidos pelo clube até agora na janela de contratações.
Só para o torcedor ter uma ideia dessa comparação, segue abaixo a escalação utilizada pelo clube nas últimas três estreias na Copa do Brasil:
• 2019 (contra o URT): Wilson, Geovane (Felipe Mattioni), Alan Costa, Sabino, Fabiano, João Vitor, Vitor Carvalho (Nathan Fogaça), Juan Alano, Giovanni (Kady), Iago Dias e Rodrigão
• 2020 (contra o Manaus): Alex Muralha, Patrick Vieira, Sabino, Rhodolfo, William Matheus, Matheus Sales (Matheus Galdezani), Renê Junior (Igor Jesus), Ruy (Thiago Lopes), Robson, Rafinha e Sassá
• 2021 (contra o União-MT): Wilson, Natanael, Henrique Vermudt (Thalisson G.), Luciano Castán, Romário, Willian Farias, Val, Rafinha (Robinho), Waguininho, Igor Paixão (Valdeci) e Léo Gamalho.
Notem que nas três ocasiões, o Coritiba chegou nessas partidas praticamente sem testar o elenco, com muitos jogadores recém chegados ainda se conhecendo, o que difere muito do panorama atual.
Além de termos um onze que a torcida sabe décor, vimos no jogo contra o falido Paraná Clube que o elenco começa a oferecer boas opções de suplência para o treinador Gustavo Morínigo.
Um bom exemplo é que mesmo com o desfalque de última hora do meia Régis, acometido com Covid, o técnico tem duas excelentes opções de substitutos pra utilizar na Bahia: Robinho e Thonny Anderson. Ambos jogaram muita bola na partida de domingo, cada um com a sua característica, com uma leve vantagem na minha opinião para Thonny Anderson, que desde que chegou, vem pedindo passagem para ser titular.
Além dessa posição, pudemos observar uma boa movimentação de Pablo Garcia e Bernardo, que apesar de terem sido substituídos no intervalo não vinham fazendo um jogo ruim. A dupla de zaga com os Piás do Couto, Thalisson e Márcio, deram conta do recado, mostrando que esta posição não deve ser um problema nesta temporada. No ataque Luizão finalmente desencantou, e os novatos Clayton e Warley mostraram seu cartão de visitas, com boa presença de área e bons arremates ao gol.
Notem que todos os citados são suplentes, com certo potencial para serem titulares, o que mostra a subida de patamar que demos em termos de elenco nesta temporada.
Mas apesar dos vários indícios favoráveis, da confiança em alta e do otimismo da torcida, é sempre bom lembrar que estamos falando de um esporte chamado futebol, onde 1 + 1 nem sempre é 2. Por isso, os atletas devem manter o foco e a atenção total voltada a conquista do resultado positivo na partida da próxima quinta feira.
Em teoria, o confronto deve ser mais complicado que os das estreias das ultimas temporadas citadas anteriormente, com o agravante do gramado da Arena Cajueiro ser sintético, o que faz com que o quique e a velocidade da bola se altere, favorecendo o clube da casa, a exemplo do ocorrido na partida contra o São Joseense.
Mesmo com todas essas dificuldades, o Coritiba deve fazer valer seu favoritismo em campo, mostrando organização tática e velocidade pra aproveitar as brechas que adversário naturalmente irá oferecer pela necessidade da vitória, com o alívio que desta vez sabemos que o banco de reservas poderá oferecer opções que contribuam para a conquista da classificação a próxima fase, caso seja necessário.
Dá-lhe Coxa!
Saudações Alviverdes!
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