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Senhores, infelizmente conseguiram fazer com que o ano do Coritiba seja mais tenso do que o normal. As campanhas ruins em campeonatos brasileiros estavam virando rotina. Agora deixar de chegar as finais do paranaense é para entristecer de vez a Nação Coxa.
O ano já estava complicado com o maior rival ganhando novo estádio e com dinheiro público, ou seja, nosso dinheiro. A força política do Coritiba junto aos governantes é quase zero e ficamos para trás. Não houve acerto com as grandes construtoras, a prefeitura na época não liberou alvará e o acordo com o Pinheirão, também não deu certo. O novo e moderno Couto Pereira Multiuso se perdeu. Restou o acerto com a Pro Tork. Bacana, o clube realizou de vez o antigo sonho do terceiro anel. Muito pouco para entrar na competição com os chamados grandes em pé de igualdade por patrocínio, mídia e títulos.
No futebol atual para chegar às conquistas tanto financeiras como de títulos, são necessários uma categorias de base forte, CT e estádio multiuso prontos. É o mínimo que se exige para um clube com as dimensões do Coritiba. Chegou o momento de dar de vez por todas e de forma definitiva esse passo.
Após o dramático e traumático rebaixamento, os enormes feitos conquistados em quatro anos de sucesso e quase impecáveis (poderíamos ser bi-campeões da Copa do Brasil), deveriam ter sido consolidados com a costura de uma boa parceria. Não deixar a exploração do novo estádio do clube por alguns anos em troca de sua construção, talvez tenha sido conservador demais para os dias atuais. No Brasil clube algum de futebol consegue construir sozinho um novo e moderno estádio.
Bem, existia também o caminho seguido pelo rival e outros clubes no país. Usar o dinheiro público e fazer como prega aquele político responsável ou irresponsável pela Copa no Paraná, dar o CALOTE. Tudo em nome de trazer esses jogos espetaculares (Irã x Nigéria, Honduras x Equador, Austrália x Espanha e Argélia) para a cidade. Dá resultado, mas também causa muita indignação, inclusive a minha.
Pois é, o ano que já estava difícil conseguiu ficar pior. Jogadores vendidos e contratações mal feitas. Tragédia anunciada. Todos nós sabíamos e alertávamos, mas não foi o suficiente. Problemas financeiros? Sem dúvida, falta de planejamento. Passado alguns anos em que o clube chegou ao fundo do poço e fez um ressurgimento bonito, voltamos aos velhos fantasmas da série B. Série B sim. O caminho da colisão está claro, basta continuar nele!
Diretoria Coxa, mais uma vez, humildade e inteligência. Os senhores produziram quatro anos de sucesso, voltem ao caminho. Digo novamente, apontar erros é fácil, mostrar soluções é muito difícil. Sou soldado, basta ser chamado para o quartel.
Abraços.
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