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Natália de Oliveira27/10/20, 10h53
Guria do Couto

Entre o céu e o inferno

Notadamente o período eleitoral do Coritiba é sempre marcado por panelas, fake news, baixaria e demais calamidades que assolam não somente o círculo político do Coxa, mas de maneira geral, esse tem sido o tom do brasileiro quando precisa falar de assunto sério.

Obviamente que não me eximo desse combo. Todos nós estamos nesse mesmo barco.

Contudo, vejo que vivemos um momento determinante para a vida do Clube nos próximos anos - e vejam, isso refletirá diretamente nas próximas gerações - no que diz respeito a que tamanho e posição nacional o Coritiba projeta estar, qual o tamanho que o Clube almeja ter.

Se cairmos, o que por si só, já seria uma catástrofe, ainda vem todas as adjacências: sem dinheiro da Turner e com contrato mínimo com a Globo, algo em torno de 6 milhões (se eu estiver errada, e posso estar, sintam-se livres pra me corrigir). Fato é que, que nível de Clube no País sobrevive a esse cenário, considerando o quanto o Coritiba precisa em caixa pra garantir que o Ato Trabalhista será integralmente cumprido, bem como as atuais obrigações fiscais e trabalhistas? Isso é preocupante.

Já figuramos muitas derrotas no meio de projeção nacional quando optamos por ficar um ano a mais na segundona e quando nosso calendário da base diminuiu drasticamente.

Segundo o twitter @nabasecoxa, nos últimos 15 meses a categoria SUB-17 só teve 5 dias competitivos. Isso mesmo, durante 15 meses só uma competição de 5 dias para o Time Sub-17 do Coxa. Em um clube do porte e história do Coritiba, isso soa o patético, o absurdo dos absurdos. Porque além de a projeção ser basicamente nula nesse cenário, ainda se pensa em qual será nosso futuro - que depende e muito da formação da base - e todo esse processo foi, basicamente, aniquilado com a falta de calendário. Além disso, a conta no Twitter também trouxe a informação de que, caso a CBF não altere drasticamente seu regulamento, o Coritiba seguirá fora de competições nacionais de base em 2021.

É chover no molhado falar dos tantos erros grotescos no futebol que essa gestão realizou. Por isso, precisamos olhar pra toda essa série de problemas e imaginar e construir o FUTURO.

Sei que o cenário eleitoral é sempre de guerra. Mas gostaria de acreditar que, independente de quem vença essas eleições, que o vencedor seja, de fato, o Clube. Que as pessoas que possuam verdadeiras condições de colaborar - e são muitas - de fato possam realizar uma união. O diálogo deve ser a prioridade.

O Coritiba é maior do que toda a vaidade travestida de politicagem e eu, com apenas vinte e quatro anos, quero acreditar que a mentalidade possa mudar. Mesmo que a passos de formiguinha.

Vamos juntos discutir problemas reais e construir a ponte para o futuro de forma realista, com menos demagogia e mais diplomacia.

O CORITIBA EM PRIMEIRO LUGAR!

SAV

Natália de Oliveira

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