Guria do Couto
Olá, queridos e queridas que aqui acompanham essa coluna.
Andei meio sumidinha, eu sei. Talvez alguns dos leitores já não se recordem de mim, ou, não me conheçam. Apareci com pouca regularidade, mas como toda boa brasileira, ainda acredito que o ano de verdade só acontece depois do mês de março.
Eu estreei no Coxanautas justo nesse mês, há exatamente um ano (mais precisamente, 13 de março de 2020). O motivo de citar esse mês, é para ressaltar todo o simbolismo feminismo que há nele e por, mais uma vez, dizer o quão honrada me sinto em poder escrever por aqui e me comunicar com tantas pessoas. Prometo que esse 2021 teremos mais posts, afinal, 2020 foi um ano avassalador - pro mundo e também pra mim, que pari um TCC e todas as demais obrigações de um último ano de graduação em Direito.
Vamos ao que interessa: esse premiado mês de março nos trouxe a classificação na Copa do Brasil e também trouxe a possibilidade de ajudarmos o futebol feminino regional.
Mas calma, irei por partes.
A primeira é, o Coxa jogou um jogo de primeira fase de Copa do Brasil e passou sem grandes sustos. É surreal, na realidade, que nós tenhamos esse sentimento de "ufa, passamos", porque ele é o resultado de toda a construção dos últimos anos. Me lembro até hoje de ver o Asa de Arapiraca fazer dois gols dentro do Couto Pereira, da eliminação contra o Goiás, contra a URT e contra o time de Manaus. São dores ainda muito profundas, que eu talvez não consiga digerir nunca. Em que pese isso ser obrigação do Coritiba, virou motivo de conquista.
Espero e torço para que tudo isso fique no passado. Sejam apenas memórias. Engolir essas derrotas jamais farão parte de mim, mas tenho comigo certo otimismo em acreditar em dias melhores - e vejo que esse sentimento agora é partilhado entre todos nós - então, celebremos!
A segunda questão dessa minha conversa de hoje, é sobre a gente olhar pro futebol feminino regional com mais atenção e afinco. Talvez nem todos vocês saibam da existência do movimento feminino chamado "Gurias do Couto", mas hoje peço, gentilmente, que nos acompanhem nas redes sociais e também colaborem - como puderem - para que um projeto de futebol feminino de Colombo possa acolher e transformar essas gurias em Martas no futebol. Ou, pelo menos, lhes dê um pouco mais de chances de sonhar através do esporte mais popular do mundo.
Para não me alongar por aqui, deixo o @guriasdocouto (instagram, twitter, facebook) e conto com vocês, colegas. Vamos dar o start nesse mês de março com todo o brilhantismo que merecemos, dentro e fora de campo.
SAV
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