Na Marca do Pênalti
Quando se inicia o calendário do futebol brasileiro após sucessos e insucessos dos grandes times espalhados pelo Brasil na temporada anterior, cria-se uma nova expectativa na primeira competição profissional. Nos estaduais, onde todos os envolvidos assumem posturas aparentemente diferenciadas, os times grandes já entram obrigatoriamente com o objetivo de ser o campeão. Alguns querem classificar entre os grandes, outros revelar jogadores, outros apenas não cair, outros abdicam com medo das cobranças, e assim os estaduais vão cada vez mais sendo os vilões para muitos treinadores e diretores que especificamente estão ligados aos considerados grandes em seus Estados.
Os times pequenos dão a vida neste curto espaço de competição, usam de tudo para se igualar aos grandes, como gramados precários, vestiários mau cheirosos e a torcida em cima. Assim, a festa do futebol nos interiores do Brasil vira atração. Em contrapartida, os grandes clubes do Brasil vivem um dilema nesta competição: o torcedor exige o título pois seu vizinho torce para o outro time e jamais ele quer ver o algoz tirando sarro dele (e assim acontece no trabalho, escola e etc). Mas é aí que mora o perigo para as grandes equipes do futebol brasileiro.
O título e uma boa campanha no estadual dão tranquilidade e credibilidade a todos os envolvidos para a sequência das maiores competições que vêm a seguir, e, às vezes, mascaram o que necessariamente o time vai precisar na sequência para se equiparar, quando for enfrentar gigantes a sua altura numa competição de alto nível, como o Brasileiro. Então, não é uma tragédia perder para um desconhecido ou tímido time lá do interior, pois será desse tropeço que se tiram muitas lições e conclusões e é aonde o sapato aperta dentro da instituição clube de futebol.
Por esses dias, temos observado vários deslizes das chamadas equipes de ponta por todos os Estaduais, e, dentro desses, coloco o nosso amado Coritiba, que recentemente vem sofrendo com alguns resultados adversos que colocam em cheque jogadores, diretoria e principalmente comando técnico.
Isso não é nossa exclusividade, mas, com certeza, estar à frente do Coritiba nos dias atuais não é tarefa fácil. O clube não tem dinheiro, o elenco é enxuto, jogadores da base são as opções momentâneas, contusões, e a paciência do torcedor anda esgotada. Mas, de uma forma ou outra ,o seu treinador atual, o gentleman Gilson Kleina terá que superar de qualquer forma os problemas atuais e, já no próximo jogo (que vejo como um grande teste), terá que obrigatoriamente conseguir uma vitória e acalmar os ânimos da nação Coxa.
Ao torcedor, eu peço para não deixar de incentivar, acompanhar e acreditar que nesse domingo diante do Paraná faremos um grande jogo e consequentemente uma bela vitória para que o Coxa novamente resgate um pouco da confiança perdida nesta competição!
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