Opinião, Polêmica e Conspiração
Uma das mudanças pós-queda de 2009 foi a busca pela fidelização do torcedor, conhecido amplamente também por "A Torcida que Nunca Abandona". O trabalho massivo desenvolvido teve inicio ainda em Joinville e vem sendo um sucesso, tanto que recentemente o presidente Vilson Ribeiro de Andrade comentou que uma das maiores receitas do clube hoje está vinculada diretamente aos associados adimplentes.
Uma das premissas para induzir a associação ao clube teve como motivo principal a comparação entre os valores praticados nas mensalidades e os ingressos avulsos. É óbvio que ao se comparar a quantidade de jogos no mês e multiplicar pelo valor do ingresso, o resultado é um absurdo. Existe ainda o reforço da ideia não propagada diretamente pelo clube que "torcedor que é torcedor se associa e colabora com o clube do coração".
As reações ao modelo implementado foram várias. Uma delas foi o afastamento de uma grande quantidade de torcedores que não tem condições financeiras de arcar seja com a mensalidade, ou nem mesmo adquirir meio ingresso nem tampouco arcar com praticamente o dobro do valor para compra de um ingresso. Outra reação a esse modelo foi o afastamento de vários associados, que mesmo pagando sua mensalidade, não vão mais ao estádio.
A prova está na média de público presente no Couto Pereira neste estadual que é 11650, sendo que o maior público foi coincidentemente o clássico atleTiba, com público total de 23057 e o menor público foi contra o Nacional, 7198. Sabemos que o adversário é uma variável que limita a quantidade de torcedores presente no estádio, porém onde estão os quase 30.000 adimplentes, exceto os que moram longe da capital?
O modelo implementado trouxe outro problema sério que é a formação de torcedores do alviverde. Do jeito que a situação está, nossa torcida vai encolher. É preciso atenção para a primeira experiência num estádio e não é abrindo escolinhas que isso se resolve. Essa experiência é inesquecível e melhora muito se vier acompanhada com poder ver mais jogos. Assim é que começa a "fidelização". Porque ninguém começa a torcer se tornando sócio. Pensar assim é pensar exatamente o inverso e a continuar nessa tocada, em 2015-2016 estaremos com a torcida menor que hoje.
A preocupação aumenta quando assistimos a proliferação de torcedores de times como o Corinthians, por exemplo. Não é possível que não se possa levar piazada a preços módicos, dentro um programa como "sócios do futuro", que teria algum resultado a partir de 2016-2018, quem sabe até antes.
Alguns podem não vir a se tornar sócios, mas a torcida aumentará bem como a venda de produtos oficiais e como consequência ainda, o clube ficaria mais atraente para patrocinadores pelo potencial torcedor.
E os torcedores que estão entre 6 e 12 anos? Esses pagam meio ingresso e estão no período mais decisivo para optar por um time. Deveríamos os associados ter o direito de levar filhos não-inscritos como dependentes, como por exemplo: sobrinhos, primos, vizinhos etc. Claro que ocuparão um lugar no estádio, mas vaga (espaço físico) hoje no Couto é o que não falta, não é mesmo? Ou seja, um cadastro prévio e antecipado feito pelo associado pelo site já existente, poderia ser uma alternativa.
Mais adiante e não menos importante está a legislação. Ela é aberta quando se fala de meio ingresso e nesse sentido fica complicado colocar em equivalência a cobrança de uma criança que tem mais de 12 anos e de um adulto, especialmente os que se consideram "espertos" e adulteram a documentação necessária, como é o exemplo da carteira de estudante.
Que tal mais crianças no Couto?
SAV
RODRIGO
PS.: meus agradecimentos aos integrantes da listona, em especial Sonia, Marco Bob e Didio que proporcionaram a construção desse post.
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