Opinião, Polêmica e Conspiração
Em outro momento escrevi questionando a presença de um atacante no time do Coritiba, uma vez que o esquema 4-2-3-1 implementado por Marcelo Oliveira é ineficiente, principalmente quando se tem Marcel, um atacante que sabe muito bem, porém somente, jogar no cabeceio.
Questionei também a insistente escalação do atleta Junior Urso, que atua como volante que é bom no desarme e ruim demais nas saídas de bola.
Primeiro Tempo
O time contou com a estréia do atacante Roberto que ganhou a oportunidade de iniciar a partida como titular.
Com a volta de Jonas, o time ensaiou um clássico 4-3-3 com Gil, Renan Oliveira e Tcheco no meio e Roberto, Anderson Aquino e Lincoln no ataque.
A ansiedade tomava conta, afinal jogando em casa, o Coritiba se sentia na obrigação de realizar um desempenho convincente, porém a torcida amenizou com o seu apoio incondicional e fez valer o rótulo da Torcida que Nunca Abandona.
O primeiro tempo foi marcado pelo excesso de erros de passe, em excesso.
O time estava perdido frente à retranca do Paranavaí.
A ligação direta, momento em que o zagueiro chuta a bola em direção do ataque pulando o meio campo, voltou a ser uma jogada repetidamente executada.
Uma verdadeira várzea que fez lembrar o jogo contra o Iraty.
E o "primeiro ato" encerrou-se com o trilar do apito com a bola ainda no ar, o que marcou a figura do árbitro com vaias, apropriadas diga-se de passagem.
O único que se salvou foi o goleiro Vanderlei, pois procurou na grande maioria das saídas ser sempre rápido com as mãos, sem desesperar-se nos chutões.
Segundo Tempo
Marcelo Oliveira notou o esforço dos atacantes e a fragilidade do meio campo, nesse esquema 4-3-3 do primeiro tempo e realizou uma mudança que resultou também na mudança de esquema saindo do 4-3-3 para o 3-5-2, alternando Eltinho e Geraldo na ala para o ataque, fixando Jonas.
Aí o carrossel composto por Gil, Tcheco, Lincoln (Everton Ribeiro), Anderson Aquino e Roberto entrou em ação.
E aqui dou a minha mão à palmatória.
Primeiro ao técnico que enxergou que o Coritiba precisa de dois atacantes. Ele ainda viu que jogadores como Lincoln e Anderson Aquino, pela sua natureza de posição não são marcadores, mas quando estão com a bola nos pés, trazem grande movimentação e qualidade que resultam em gol.
Segundo ao time pela obediência tática. Como não temos laterais com capacidade de fazer cruzamentos, foi necessário mudar a forma de jogar e aí o Coritiba deu um baile, situação bem diferente do primeiro tempo.
Menção honrosa ao Tcheco que mesmo com o pisão criminoso que tomou, jogou no sacrifício e demonstrou ao restante como se posicionar em campo.
Resumo
O time de ontem mostrou tanto ao torcedor quanto à comissão técnica que no ataque já diz o ditado: "uma andorinha só não faz verão".
O time de ontem foi menos improviso e mais "arroz com feijão".
O time de ontem venceu e convenceu.
Agora que a fórmula foi encontrada, basta dar continuidade, sem invenções.
Por falar em invenções, li no blog do Leonardo Mendes Junior, Bola no Corpo, que o superintendente Felipe Ximenes esteve no Paraguai neste fim de semana, assistiu Cerro Porteño x Libertad e conversou com o meia Cáceres, jogador cujo nome tem sido ventilado para contratação.
SAV
RODRIGO
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