Opinião, Polêmica e Conspiração
Uma verdade é que o Coritiba teve ao longo desses 4 anos mais acertos do que erros e por ter profissionalizado determinadas áreas é que o clube está no atual patamar, mesmo tendo assistido o time ser desclassificado por um time de quarta divisão.
O clube deu um salto bom por um lado, mas para mim deixou de fora, propositalmente ou não, o corpo social composto por conselheiros.
O Coritiba neste ponto vive sob o século passado ainda, basta ver como as eleições intermediárias, aquelas para reposição do quadro de conselheiros, são feitas. Dizer que isso é exercício político é uma afronta ao próprio conceito dela.
As pessoas passam, o clube fica.
Se o projeto não atende as expectativas, cabe ao presidente cobrar. Se há pensamento em profissionalizar o clube é preciso se desligar do sistema de empresa familiar, que ainda impera.
Essa mistura, entre os comportamentos de empresa familiar e do profissionalismo, é cancerígena. Ela gera ano após ano metástases e acaba por resultar que não importa o técnico, não importa o jogador, ou quem cuida do futebol ou quem está na presidência, porque sempre haverá alguém que vai se sentir prejudicado e vai cobrar isso de alguma maneira, expondo assim o seu próprio tumor com a marca Coritiba.
Infelizmente em nossa cultura local muitos se agregam pela discórdia, daí basta um desempenho de mediano pra ruim para que tudo descambe e seja muito bem aproveitado pelos oportunistas.
A cobrança a quem é de fato fazê-la e não ao aproveitador de plantão.
Quem quer continuar eternamente a ler e ouvir pelos 4 ventos, que a culpa é do técnico, do diretor de futebol, do jogador que perdeu o pênalti, da zeladora, chegando ao cúmulo de apontar a culpa para a torcida?
Há quem diga que o Ximenes ou o Marquinhos Santos são ruins pro clube, portanto é preciso buscar compreender o porque. Perguntar e analisar se não é fruto apenas de uma situação momentânea, ou talvez fora do contexto.
Por exemplo: será que no caso do Ximenes, é porque ele veio de fora do estado, portanto por ser estranho ao clube, incomoda? No caso do Marquinhos Santos, é a sua idade que vai contra?
Sinceramente, o problema não é o Ximenes, não é o Marquinhos Santos, tampouco o Vilson.
A quem interessar possa, é o Coritiba Acima De Tudo.
Eu participei de um encontro na quarta passada, 22, junto de vários amigos e colegas torcedores, representantes da IAV e outros tantos conhecidos das redes sociais, onde estiveram presentes Felipe Ximenes e Alex.
Nesse encontro percebi que preciso pensar e agir diferente, principalmente me policiar em não xingar, nem vaiar, quem dirá gritar olé quando o adversário estiver com a posse da bola. Para quem assiste de fora, não entende o absurdo em ver uma torcida jogar contra o time. Há quem diga e culpe a torcida pelo mal desempenho em campo, por conta desse comportamento.
Inclusive o Alex mencionou uma situação onde a torcida do Fenerbahçe faz muito. O normal é a torcida chamar atleta a atleta para saudá-lo. Só que quando isso não acontece, o atleta logo se coloca a pensar o que pode estar errado com ele, ou seja, a cobrança pela torcida foi feita.
E quando o jogo começa, a torcida é pelo Fenerbahçe o tempo todo.
Mais adiante, compreendi num pedido deles, que na condição de representantes do clube fizeram, para que a torcida possa fazer algo similar, quer dizer, enxergar que o Coritiba é o motivo do torcedor estar ali.
Porque ninguém gosta realmente de ir ao estádio numa noite fria, com momentos de chuva pra xingar.
Isso é masoquismo.
Domingo inicia o Brasileirão 2013 e o Coritiba precisa de nós.
SAV
RODRIGO
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