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Rodrigo Sibut Vieira14/10/13, 16h35
Opinião, Polêmica e Conspiração

Desacorçoado

O que me deixa chateado é que a gente chega quase a bater boca, ir pra agressão verbal mesmo pelo que acontece lá dentro do Coritiba.

Sempre tem um que é amigo, conhecido ou tem algum relacionamento com alguém de lá de dentro e que sempre reforça que lá está tudo uma porcaria, que a culpa é do Ximenes que manda demais, do Vilson que manda de menos, do Marquinhos que é estagiário, dos poodles que estão jogando melhor, do marketing cujo responsável pediu as contas e não se explicou, do Pedroso e depois do Aquino que saiu e voltou...

Mas a verdade ou ninguém sabe ou ninguém mais acredita no que é falado.

Tudo leva a crer e entender que a torcida (ou parte dela) está fazendo sua parte. Porém é essa mesma torcida (ou parte dela) também que dá ouvidos para os boatos e fofocas proporcionados pelos que tem algum interesse no Coritiba.

Não é de hoje que isso é assim e, com maior "publicidade" desde o trium viratum, a política no Coritiba é movida a interesses. O Coritiba pouco importa ou interessa quando o assunto é a torcida, como sentimento que movimenta o clube. E porque? Porque mesmo que se faça valer as próprias palavras do Alex, que a torcida do Coritiba não passa do trevo do Atuba, o que hoje é visto como torcida, nada mais são do que números.

Depois reclamam que a Globo paga mais pra Corinthians e Flamengo, mas atitude construtiva que é bom, não existe. O que dizer do coronelismo presente no rival? Quem não concorda, prefere que no Coritiba tenhamos o exemplo de um Bom Pastor ou de um Napoleão Bonaparte?

Senão vejamos: Não está previsto nenhuma ação por parte do clube para conselheiro que presta serviços ao rival ou que mantém empresas que agenciem atletas. Isso se explica de maneira administrativa e legal, porém dentros dos limites que a ética nos mostra, baseada na história de cada clube, não há como aceitar. No final, ambos acabam sendo um só, a persistir essa aceitação.

Não existe também uma ação para levantar a bandeira da mudança do estatuto no tocante ao tempo máximo para um associado atuar como conselheiro, contrariando a atual política que mantém, até que eles mesmos venham a se desligar, forçando assim eventuais eleições no decorrer do mandato atual, para preenchimento dessas vagas.

Também não parece ser ventilada a possibilidade de se eliminar a estrutura de conselhos, como por exemplo, consultivo e vitalício, além de enxugar o deliberativo. A impressão que se passa é que tem muita gente para pouca tomada de decisão. No fim, todos são responsáveis pelo andamento do clube.

Pela situação que o time apresenta e representa, todos os atuais envolvidos estão sendo registrados e, ao mesmo tempo, marcados por todos os acontecimentos, bons e ruins. Hoje "os donos do futebol" sejam eles atletas, comissão técnica ou do depto de futebol, dos conselhos ou ainda integrantes de entidades regulamentadoras tais como FPF ou CBF, brincam com o sentimento do torcedor.

A persistir esse padrão, vai ser difícil ver o Coritiba forte como um dia esteve e acreditou em todas as suas camadas, de acordo com o relatado sobre o título de 1985.

Torcedor, você se acha merecedor do que hoje é o Coritiba? Porque lá no clube ou no time se eles querem algo, precisam merecer. Você torcedor, acha que o Coritiba merece permanecer na série A, ir para a Libertadores ou cair de divisão?

Eu não vejo um time precisar de apoio de torcida quando joga fora de casa, logo se querem casa cheia, é hora de trabalhar para merecer casa cheia. Hoje os vários torcedores junto com seus agregados (criticos e cobradores) se tornaram praticamente um costume, um algo considerado "normal", pois não se vê na prática a iniciativa, a vontade que tanto se propaga na teoria, que é o apoio incondicional, a identidade criada do time com a torcida.

Numa rápida analogia, é como ver aquelas pessoas que usam o limite do banco e aceitam o uso como "normal", ou seja, é "normal" ficar devendo e não se esforçar para cobrir esse limite. Portanto não existe mentalidade fraca e sim, mentalidade condicionada e ir contra é fazer valer a pena o desgaste.

Até o mais otimista, como eu que vê chances em Libertadores, cansa e dentro disso, eu prefiro me ausentar a ter que ficar cobrando algo que de acordo com os moldes atuais, é sabido que não será feito.

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RODRIGO

Rodrigo Sibut Vieira

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