Opinião, Polêmica e Conspiração
As manifestações que vem acontecendo no país começaram, ao meu ver, ao ver o estopim ser aceso quando da propaganda de uma marca italiana de carros, cujo refrão é marcado pela seguinte frase:
"Vem pra rua porque a rua é a melhor arquibancada do Brasil".
Como que num estado letárgico, a população brasileira assistia todas as movimentações daqueles que ela é responsável por tê-los colocado em lugar de destaque: nossos políticos. Assistia porque a ficha caiu.
Como que numa sequencia de eventos, em primeiro lugar vieram os aumentos das passagens dos ônibus e metrôs, já no conhecido movimento pós-eleição dos prefeitos. Mais ou menos nessa época é que os donos de empresas prestadoras de serviço dos transportes públicos procuram renovar seus contratos e é nessa renovação que o aumento é repassado ao contribuinte.
Ficamos todos mascando essa aí como chiclete. Ninguém consegue mais engolir essa troca de favores.
Pois bem. Em segundo lugar descobrimos como massa, o valor real dos impostos pagos para o governo.
O que era para ser uma adaptação para os estrangeiros, visitantes e acostumados a ler os impostos nas notas fiscais, passou a ser usado como informação valiosa pelo povo.
Por incompetência ou desastre, essa implementação foi adiada em um ano.
Por fim, o movimento e a divulgação da entrega dos novos estádios no país, juntamente com os valores gastos em cada obra, situação que já fazia um certo barulho e que ecoou pelo país ao assistirem que em praticamente todas as obras foram entregues, com muita coisa por ser feita, portanto fora do protocolo FIFA, essa entidade que exigiu através de um caderno como que as coisas deveriam ser feitas e depois, através de seu representante, literalmente lavou as mãos no maior estilo "Poncius Pilatus" ao dizer que a culpa não é da FIFA e sim do país que entrou na lista de candidatos, ainda em 2007.
Os elefantes brancos estão aí.
Ninguém nega e por isso também é que o barril bem cheio de pólvora explodiu.
Agora vamos trazer para o contexto esportivo, num item em especial: a imprensa esportiva.
O torcedor, na sua totalidade movido pela paixão, portanto emoção, se liga de alguma maneira na imprensa. Seja no pré, durante e/ou pós jogo. É através dela que ele lê e ouve sobre o seu clube, o seu segundo amor muitas vezes.
São vários os casos que vemos torcedores reclamarem que a imprensa local escreve e, muitas vezes comenta, de maneira negativa a respeito do seu amado clube. O exemplo do "copo meio vazio".
Esse caso que se aplica aqui no Paraná, tem nomes que escrevem as matérias, mas muitas vezes mudam, chegam até a ser omissos, mantendo o teor, a acidez.
Esse tipo de manobra, aliado à pobreza dos veículos atuais, é de raiz puramente marketeira e faz com que o torcedor se prenda ao veículo para que ele acredite que, um dia irá ler uma palavra que faça sentido com a sua própria opinião, de preferência seja concordante.
Tenho na imprensa esportiva paranaense um amigo, como também vários outros conhecidos e que se depender de mim, tornar-se-ão meus amigos. E é por eles que escrevo. Não quero vê-los juntos com aqueles que "vendem sua alma", esses que também são lidos, mas ao mesmo tempo, são desprezados por tamanha fraqueza de atitude.
O porém reside na continuidade desses "vendidos", que permanecem deixando grande parcela de torcedores indignada com o material produzido, seja escrito ou falado.
E se fosse com a imprensa esportiva?
Se, por algum motivo, parte ou todos os manifestantes deixasse de ir ao Palácio do Governo, ou à Prefeitura e fosse para a frente das sedes da imprensa reinvindicando uma imprensa esportiva imparcial (por mais utópico que isso possa parecer), pedindo pela oxigenação de mentalidade com a renovação do quadro parcial ou total, seja de editores-chefe, redatores ou jornalistas, mas que trouxesse de fato um resultado positivo, traduzido em visão critica construtiva.
Em outras palavras, "o copo meio cheio".
E se fosse com a imprensa esportiva hein?
SAV
RODRIGO
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