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Rodrigo Sibut Vieira14/06/11, 09h36
Opinião, Polêmica e Conspiração

Ignorância

Ignorância é desconhecimento.

Até certo tempo atrás, Ney Franco vinha sendo crucificado por vir aos microfones dizer "Não tivemos competência para vencer essa partida". Existem determinados detalhes que o torcedor não percebe como o fato desse técnico ter assumido a responsabilidade ao final desastroso de um campeonato e mesmo que tenha recebido propostas absurdamente elevadas, manteve a palavra e a hombridade, ao contrário de vários técnicos pelo país afora. Por fim, comandou o time que seria o campeão por antecipação da segunda divisão do campeonato brasileiro de 2010.

Quando então da sua saída para comandar a seleção brasileira sub17, especulava-se muito em torno de qual seria o nome a substituí-lo. Para a surpresa de muitos torcedores, eis que (re)surge Marcelo Oliveira.

A indicação de Marcelo Oliveira gerou instabilidade no ambiente esportivo do Coritiba. Vários foram os que levantaram dúvidas com relação ao estilo do indicado treinador. Eu mesmo fui um dos muitos que criticou, inclusive, a sua vinda até porque não era um técnico de expressão e limitado, haja vista o fraco desempenho do último clube por ele treinado, principalmente após a parada para a copa do mundo.

Pois essa era a realidade até então. E é muito interessante ver como o mundo dá voltas.

Gosto de usar números, pois eles não mentem e nos levam à uma condição racional, "escapando" vamos assim dizer do emocional do nosso lado torcedor, que sempre aflora por primeiro. É um fato notório que o time caiu muito de produção após a histórica goleada aplicada sobre o Palmeiras.

Explicação? Num primeiro momento, acredito que atingimos o ápice, o topo, o nosso melhor desempenho frente ao Palmeiras ainda no Couto. Depois foi só conviver com a queda de rendimento. Dentro da administração temos como modelo, a curva A-B-C, onde A e C estão localizados em momentos semelhantes, próximo do valor 0(zero) e B é o topo. Assim, estamos de passagem entre os momentos B e C.

Ou seja, em franca queda e mais: era previsível que isso acontecesse, face as dificuldades enfrentadas com lesões e desgastes pela participação em duas competições de modo simultâneo, aliados à casos singulares como o de Eltinho e Pereira.



Assim, a fim de me convencer em definitivo e claro, trazer um pouco de informação para aqueles que acompanham a onda corneteira, fiz um comparativo entre ambos, Ney Franco e Marcelo Oliveira e vejam com o que me deparei:

Ney Franco - 2010
Paranaense: 20 jogos, 15 vitórias, 4 empates, 1 derrota;
Copa do Brasil: 4 jogos e a desclassificação na segunda fase para o Avaí;
Brasileiro 2a divisão (série B): 38 jogos, 21 vitórias, 8 empates, 9 derrotas;

Marcelo Oliveira - 2011
Paranaense: 22 jogos, 20 vitórias, 2 empates, Nenhuma derrota;
Copa do Brasil: 12 jogos e o vice campeonato do torneio;
Brasileiro 1a divisão (série A) até o momento: 4 jogos, 1 vitória, 0 empate, 3 derrotas;

Os números mostram que o Coritiba segue o rumo dentro do plano. Qualquer cornetagem ou exigência, ainda nesse momento pode-se considerar ignorante, fora de momento e ainda uma tentativa absurda, principalmente da concorrência, em desestabilizar o time.

Somos torcedores e como tal, movidos pela paixão. Logo exigimos um desempenho perfeito, porém ao vermos os números, quais cenários podemos projetar?

Em aberto o tema para discussão.

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Rodrigo

Rodrigo Sibut Vieira

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