Opinião, Polêmica e Conspiração
De 2005 pra cá, depois de tudo o que aconteceu com o Coritiba, como definiu o presidente do rival ao comparar o Coritiba com um golfinho, é quase impossível acreditar que o torcedor não tenha aprendido e entendido que, muitas das coisas que acontecem quando o time cai de produção assustadoramente estão ligadas ao departamento de futebol e suas áreas internas e afins.
O time de 2006 tinha tudo para retornar para a primeira divisão não fosse o racha que causou a divisão do time.
Em 2007 o time se acertou e retornou para a série A. Veio 2008 com nova presidência e com o time base ainda de 2007 que trouxe mais um título estadual, além de conquistar uma vaga para disputar a copa Sulamericana.
Em 2009, ano do centenário, uma aparente mudança de prioridades trouxe (muitas) festas, ao mesmo tempo que fez com que o time caísse de produção e claro, de divisão também. Ou quem não se lembra de 2009 e como ele terminou?
Chegamos em 2010 com o sentimento de terras arrasadas. Promessas foram feitas e ações de marketing desenvolvidas em cima de um novo conceito, uma nova ideia: a profissionalização do clube, o que então fez com que isso resultasse, por exemplo, no estabelecimento de parcerias.
A primeira delas com o Joinville Esporte Clube que proporcionou ao alviverde utilizar o estádio, por conta da punição pela invasão do gramado. Outra grande parceria foi com a L.A., que trouxe em seu portfolio jogadores como Rafinha, Davi, Leonardo, Emerson, Léo Gago, responsáveis diretos em 2011, por uma das maiores e melhores campanhas em uma temporada na história do clube.
Chegamos em 2012 e voltamos a enxergar a queda nítida de produção do time, similares a 2006 e 2009. São jogadores que parecem que desaprenderam a jogar, como por exemplo, é o caso da zaga com Émerson e Pereira, na lateral esquerda com Lucas Mendes e Eltinho, no meio com Rafinha, Willian. Profissionalmente falando, todos são vencedores no passado e medíocres na atualidade.
Do ataque não há o que comentar, pois não há presença de ataque.
Existem ainda jogadores que aparecem e desaparecem da lista de convocados sem explicação, como é o exemplo de Rafael Silva e Luccas Claro.
A impressão que tenho é que além da insegurança, existe a falta de organização e não atribuo a totalidade disso ao técnico Marcelo Oliveira. Para fazer uma analogia: numa pizza de 8 pedaços, 2 pedaços são do técnico. Os outros 6 ficam com Felipe Ximenes e Vilson Ribeiro de Andrade.
Vemos um time sem padrão tático algum, perdido em campo e correndo atrás da bola pelo mau posicionamento. Eu queria sinceramente saber o que acontece com os profissionais da bola entre o período de treinos e o jogo oficial.
Ver essa instabilidade no Coritiba machuca. Desde a saída do Keirrison, o time não tem um jogador que faça identidade com o clube e com a torcida. Parece que tudo agora gira em torno do dinheiro, do mundo das finanças.
E dinheiro não tem sentimento. Se por um lado ele te ajuda, por outro é seu principal traidor.
Já o torcedor, passional por natureza, é basicamente sentimento. Prova disso é que a cada partida que passa, o número de torcedores que comparece ao Couto Pereira reduz. E se reduz é porque ele está frustrado.
Espero que essa redução não se reflita nas mensalidades.
Mas se isso acontecer, a culpa pelo mau rendimento em campo será da torcida também?
SAV
RODRIGO
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