Opinião, Polêmica e Conspiração
O fim de semana foi bem movimentado e aqui no Paraná, marcado principalmente pela incompetência e pela mediocridade.
Tudo começou no sábado, com o clássico estadual, apelidado por ParaBrisa. Um jogo que começou bem movimentado e com uma característica similar ao jogo de ontem, entre Cruzeiro e Coritiba.
A similaridade estava em que, ambos times considerados os maiores do Paraná, dependiam de maneira conjunta do seu próprio desempenho e de uma combinação de resultados para atingirem seus objetivos.
Enquanto um jogava para voltar para a série A, outro jogava para não cair para a série B.
Fato.
O Coritiba com 45 pontos estaria salvo da degola? Não, porém o que foi divulgado dava cobertura à pontuação. Li também sobre o A.Paranaense, que dentro de 27 combinações possíveis, subiria em 25 delas.
Ambas situações, no contexto, visavam trazer uma certa tranquilidade, ao torcedor principalmente.
Hoje o Coritiba está a salvo, porque o Sport não conseguiu cumprir sua parte e o A.Paranaense, de volta, porque o empate com o fraco P.Clube foi uma das 25 combinações possíveis.
Por falar em combinações, antes da rodada começar, tanto no sábado quanto no domingo, a situação estava um tanto complicada. Complicada porque a dependência de resultado de terceiros não era um mero opcional, mas um item de série.
Tanto é que o clima de nervosismo tomou conta de ambos. Enquanto num time, houve perda de pênalti, noutro jogadores, colegas de trabalho, discutiram indo às vias de fato.
Exemplos clássicos de descontrole sobre pressão.
Por outro lado, na ótica das diretorias, o futebol é vendido de maneira fria e calculista, enquanto que a parte emocional passa obrigatoriamente pela torcida.
Pois bem, quando a dificuldade aumenta para se atingir um compromisso firmado no grupo, as intempéries afloram e o emocional passa a fazer parte do grupo. E no final, todo um planejamento pode desmoronar, pela incompetência.
Incompetência em administrar a pressão, em exceder as expectativas e inclusive, não errar nas situações simples, ou seja, ganhar jogos fora de casa e não perder pontos disputados nos próprios domínios. Um exemplo na prática: não poderiam empatar com América/RN e perder para o Vasco, principalmente pelas condições em que ambos os times se encontravam.
O que aconteceu com ambos foi quase o mesmo que aconteceu com a seleção brasileira, que perdeu o jogo contra o adversário, mas comemorou um "título" pela "fria e calculista" combinação de resultados. Lá, quem pagou foi o técnico.
E aqui? Só porque conseguiram se salvar, praticamente no final, está tudo bem, tudo certo?
Medíocre, além de incompetente. Esse foi o futebol do estado do Paraná em 2012. O P.Clube, pela situação que se lê no dia-a-dia, hoje me lembra muito o Coritiba e a sua situação no ano de seu centenário.
Está na hora disso acabar. Mediocridade e Incompetência são presentes nos times que mais devem, financeiramente falando, ao futebol brasileiro. E se devem, então tem que pagar.
Popularidade deve ser um critério a ser exterminado o quanto antes possível, tanto na CBF quanto na distribuição das rendas de TV.
Porque apontar a culpa na arbitragem amadora não convence mais o torcedor. Vide exemplo do Palmeiras, campeão da Copa do Brasil e rebaixado no mesmo ano.
Aquele que acha mais do que correto ver que o Palmeiras pagou os erros de arbitragem, em seu favor na decisão da Copa do Brasil, com esse rebaixamento deve repensar. Porque mesmo rebaixado, o Palmeiras vai para a Libertadores.
Hora melhor não há, também, para rever o comando da Federação Paranaense de Futebol, ou o estado do Paraná está fadado a participar como coadjuvante de qualquer campeonato.
Para sempre.
SAV
RODRIGO
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