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Rodrigo Sibut Vieira04/11/13, 11h15
Opinião, Polêmica e Conspiração

O Caminho

O caminho entre a mente e a verbalização do pensamento é por muitas vezes curto, quando o assunto é o futebol, pois praticamente tudo é tratado dentro do imediatismo.

Imediatismo para torcer: apoiar, acreditar e o momento seguinte, ficar indignado, frustrado e de repente, se unem todos novamente...

Imediatismo para divulgar: uma palavra em uma entrevista gera uma reação, de força aumentada a nível exponencial e contrária que acaba por trazer um conceito que é comum entre todos os que acompanham, como torcedores e a nível nacional.

Imediatismo para responder: a contratação conhecida por "tapa-buraco" de um meia ou um atacante, o desligamento de um técnico, as medidas diretivas que proíbem o atleta de poder aparecer.

Imediatismo no planejamento, na visão do torcedor, que faz muitas perguntas e muitas delas não encontram uma resposta: Que planejamento foi esse do Coritiba que levou o time para a liderança nas 10 primeiras rodadas e que após um evento, quando um familiar e empresário do Deivid trouxe aos microfones a confirmação do atraso no pagamento dos direitos de imagem, decaiu a ponto de fazer com que o clube lute agora nas ultimas rodadas para não cair de divisão.

O caminho entre o sucesso e o fracasso pode ser curto, bastando desconsiderar o tamanho do passo dado.

O caminho de um técnico vai do sucesso ao fracasso e regressa em meses. Vide Ney Franco, Marcelo Oliveira, Muricy Ramalho, Adilson Batista e Vagner Mancini, por exemplo.

O caminho para a paciência e a tolerância no futebol não existe, ao contrário do caminho para desestressar, seja ao fazer coro com a torcida e cantar ou xingar no estádio de futebol, até o colega/amigo/companheiro do seu lado.

O caminho que o Coritiba fez até agora, além de ser marcado pela estabilidade tanto na parte de cima quanto na parte de baixo da tabela, não o diferenciou de outros anos em que participou da série A, nesse novo século.

Essa estabilidade é que faz com que o Coritiba seja e continue a ser um time médio (mediano ou medíocre) e para mudar essa característica será necessário um esforço maior.

A torcida nunca vai se cansar, ela vai sempre apoiar o time. Resta saber se todos (e não somente a torcida) querem que o clube saia dessa média e cresça, para ser respeitado como deve e pensa o seu torcedor.

Afinal de contas, somente para o torcedor alviverde o Coritiba é um time grande.

Até quando isso será assim?

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Rodrigo Sibut Vieira

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