Opinião, Polêmica e Conspiração
Gostaria de complementar as palavras do blogueiro Leonardo Mendes Júnior, em seu penúltimo post
Tudo aponta para a demissão de Marcelo Oliveira.
Ele citou sobre a existência de um desgaste de Marcelo Oliveira com o Coritiba e elencou alguns itens que podem ser contribuintes para isso:
- O treinador não se entusiasmou muito com o retorno de Leonardo. Depois, quando o atacante acertou com o Atlético Mineiro, Marcelo reclamou da sua saída e intensificou o pedido por um reforço para o setor;
- Ainda sobre o atacante, o nome de Deivid foi apontado como o único satisfatório para a função. E o clube abriu os cofres mais que o usual para trazer o atacante;
- O discurso do treinador após as derrotas (excesso de jogos, baque pela perda da Copa do Brasil), mesmo que recorrente, cansou. A repetição passa a impressão de conformismo;
- O mantra “é preciso criar um fato novo”, comum em períodos pré-troca de treinador, tornou-se discurso recorrente no Alto da Glória;
- A diretoria entende que fez tudo que o treinador pediu em termos de elenco (Vilson disse isso na coletiva) e, diante disso, considera que a resposta tem de ser imediata e no mesmo nível.
Vale a pena elencar aqui também que para que esse desgaste aconteça e, pareça ser de maneira natural, um item citado pelo próprio técnico em sua coletiva ontem, me trouxe a dúvida e que quero compartilhar. O item se refere ao técnico ter mencionado que conseguiu repetir o time apenas uma vez numa sequencia de 58/59 jogos.
Repetir o time significa ter disponível os mesmos jogadores, seja pela sua condição física ou técnica. Se ele não consegue há muito tempo repetir o time, logo é porque não tem jogadores disponíveis. Essa indisponibilidade pode vir por conta de uma contusão, por força contratual, por fragilidade técnica do atleta, pela punição gerada por cartões amarelos e/ou vermelhos, pelo STJD também, ou ainda por algum fator extra-campo.
Em nenhum momento foi lembrado pelo blogueiro supra citado que o portfolio de uma das maiores parceiras esportivas do Coritiba, a L.A. Sports, é limitado. Após a decisão do Coritiba em negociar atletas como Davi, Léo Gago, Leandro Donizete e Marcos Aurélio, considerados peças-chave até então no elenco, a L.A. não foi capaz de repor as "peças" com a mesma qualidade, o que forçou o clube a buscar alternativas. Vale adicionar aqui a aposentadoria de Tcheco.
E o que o vimos como reflexo disso? Contratação do lateral Jackson, volantes Sergio Manoel, Chico, França, Junior Urso, Emerson Santos, meias Lincoln, Lima e Robinho e o atacante Marcel. Muitos amigos ainda comentam que o time que caiu com o Avaí, hoje está presente no Coritiba e que este mesmo time vai levar o clube novamente disputar a segunda divisão.
É um fato que as reposições originadas fora do clube foram muito abaixo do esperado e que em nenhuma delas foi noticiado o pedido direto ou endosso do técnico por esse ou aquele atleta.
Assim, o modelo que me parece ser aplicado atualmente é: eu negocio, vendo e compro jogadores para você e você que saiba trabalhar com o que eu te deixo em mãos.
Isto posto, o desgaste aparente de Marcelo Oliveira com o clube levou à concretização do ditado: "A corda arrebenta sempre do lado mais fraco".
Que fique claro: não estou defendendo o técnico, tampouco sua permanência. Estou apenas adicionando informação para tentar tornar a reflexão um pouco mais justa.
Resta saber então se a troca de técnico neste momento traria alguma vantagem, já que as muitas reposições também não deram certo para manter o desempenho do time.
Isso só me reforça a lembrança de 2009, quando Ney Franco assumiu.
SAV
RODRIGO
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