Opinião, Polêmica e Conspiração
Torcedor amigo, seguimos fortes e firmes na nossa empreitada outrora escrita em colunas e agora, em novo formato, num blog. É a tecnologia facilitando o acesso à informação.
Bom, o ano esportivo acabou, mas a negociação em torno dos contratos dos jogadores é grande, tanto pela manutenção quanto por uma nova contratação. Vários são os fatores que podem facilitar e/ou complicar as coisas, bem sabemos.
O salário é um dos itens que mais influencia nas negociações, até porque com o modelo atual, jogador, empresário e clube buscam chegar num número que os agrade. Na escala, entendo que o salário é seguido de perto pela vontade do atleta em ficar e continuar no clube.
Outro fator que alimenta o mundo das negociações do futebol é a especulação. É ela que normalmente faz os bastidores "fervilharem" e é baseando-se nela que comentaristas e cronistas pautam suas notícias e elaboram perguntas que, quando usadas em entrevistas podem tanto trazer a "resposta que todos querem ouvir" quanto deixar o inquirido "de calças curtas", como lembra o dito popular.
Agora falando como torcedor e sócio, vejo que precisamos entender um pouco mais e nos acostumar com uma coisa que é a realidade de todo clube de futebol: FINANÇAS.
Vejam que mesmo com a conquista do título nacional em 2010, o Fluminense é um clube presente na categoria daqueles com uma dívida que passa dos R$ 300 milhões, mesmo com a parceria com a Unimed. Quer dizer, dar um título e sustentar um clube nesses moldes é enganar o torcedor, porque torcem para um time que carrega o status de falido.
Paraná Clube e Avaí são outros exemplos de clubes de futebol que trabalharam no regime de parceria e todos vimos o que aconteceu. Espero que tenham acordado há mais tempo que o Fluminense, que atualmente parece mais doar o próprio nome para instituições privadas se aproveitarem do futebol moderno e como toda empresa, obter lucros somente.
Então quando falamos em parcerias, devemos ficar atentos até porque isso pode vir a valer também para o Coritiba, afinal tudo tem seu preço.
O resultado alviverde em 2010 foi muito bom: campeão estadual pela 34ª vez em cima do maior rival, campeão da taça BH de juniores também contra o maior rival e campeão da Série B. Atingir esse patamar entendo que não tenha sido fácil e que as reformas financeiras foram necessárias. É preciso manter os pés no chão.
Observemos que o mal gerenciamento no biênio 2008/2009 nos levou para a 2ª divisão, em pleno ano do centenário do clube.
O G9 atual é muito bom no seu marketing e na competência em atingir resultados. Desde que voltamos que escuto que o trabalho foi muito bem feito, que o planejamento da diretoria e do departamento de futebol foram bons. Convenceram a imprensa e muitos que o trabalho executado no clube foi árduo e complicado.
Por exemplo a notícia sobre jogar em Joinville nos trouxe um prejuízo em torno de R$ 12 milhões. Um outro fator que contribuiu para o prejuízo foi a queda no número de sócios, reflexo da queda para a série B. Por outro lado, mostrou que a verba da televisão, foi mantida integralmente e que a quantidade de sócios aumentou graças ao retorno do mando de jogos no Couto e com a conquista do título.
Assim, retornamos bem para a série A, mas ainda não vi o reflexo financeiro disso. O que de bom financeiramente falando tivemos?
A matemática é simples no seu resultado numérico. E penso que para esse resultado é que devemos prestar atenção, pois é ele que mostra a situação atual, bem como projeções futuras.
Assim, como já tivemos atribuída a responsabilidade ao sócio em escolher a camisa comemorativa deste ano, que se faça justiça. Que o clube no bom uso da democracia faça sua parte e demonstre aos seus sócios, clara e transparente, a situação atual e o planejamento para os próximos anos, de preferência antes de definirmos por nossa responsabilidade, colocar ou não a estrela prateada bem como a aprovação da reforma estatutária.
Que todos tenhamos um Feliz Natal e um 2011 repleto de alegrias, conquistas e momentos felizes.
Deus os abençoe.
SAV
Rodrigo
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