Opinião, Polêmica e Conspiração
Motivado principalmente após a leitura do ótimo post do blog do Povão, derivo a linha de pensamento para a Federação Paranaense de Futebol.
A rivalidade fortemente presente aqui no estado do Paraná não deveria ter ultrapassado as muradas dos estádios.
Acredito que em meados dos anos 90, a "coisa" tomou forma com a entrada do então presidente do a.paranaense, Onaireves Rolim de Moura, no comando da FPF. Com a imparcialidade inexistente, uma de suas ações foi arrendar o Pinheirão por 100 anos para o time que até dado momento, foi presidente. Hoje vemos o quanto ações como essa contribuíram para que a rivalidade ultrapassase a murada dos estádios.
Reverter esse processo será um verdadeiro desafio dos bons, para aqueles que se dizem, se julgam e comportam-se de acordo com seriedade no futebol do estado.
Alguns dizem que os ensinamentos de uma sala de faculdade são apenas pura fundamentação acadêmica e que sua aplicação no cenário do trabalho verdadeiro é ilusão. Eu discordo.
Em termos financeiros, a recuperação do Coritiba, a estabilidade do Atlético-PR e a queda do Paraná Clube são exemplos práticos do resultado onde o capitalismo leva, se não for feito nada com a atenção que se deve. E isso prova que a profissionalização do setor dá certo sim. Quer dizer, os conceitos aprendidos em Planejamento Estratégico, Empreendedorismo e Economia, por exemplo são sim perfeitamente aplicáveis.
Com relação à Federação, o trabalho é mais "embaixo". Há a necessidade de se ter pessoas devidamente capacitadas e sem interesses próprios, focadas no compromisso de fazer crescer a representatividade do estado.
Penso que, nesse primeiro momento, os clubes da capital (em teoria de maior poderio financeiro), deveriam ditar algumas regras para a federação, buscando separar o joio do trigo, num processo de compartilhamento de direitos e deveres inversamente proporcional à contribuição efetuada para com a entidade.
Ou seja, quanto menor for a contribuição do time com a federação, por quaisquer que sejam os motivos, mais deveres, ou seja, mais ações precisa esse clube tomar perante sua cidade e região para assim, divulgar e enaltecer o futebol do estado.
Faltou estabelecer quem será o novo presidente: Um presidente de um clube do interior. Assim, o papo de hegemonia da capital cai por terra e claro, a oportunidade é dada para quem se interessar.
Como um resultado inicial, podem nascer as parcerias dos times da capital com os vários times do interior. Outro resultado imediato é ver os times do estado unidos (capital + interior) demonstrando a força inicial do projeto.
Vejam, é tudo apenas uma ideia de um sonhador que acredita na bondade e que ela vai aparecer, mesmo que aos poucos e vai tomar conta de todo o ambiente sujo que hoje temos.
A FPF atingiu o fundo do poço? SIM.
Acredito também que o que atrapalha e muito é ver que praticamente todos os clubes do PR possuem estádio em condições de uso. Não é a mesma coisa que vemos em SP, RJ e MG, por exemplo.
Vejam o Botafogo que arrendou o Engenhão com o governo do estado. Fluminense e seu estádio não mais utilizado, Laranjeiras, palco de uma guerra entre torcedores contra o a.paranaense, tendo como um dos péssimos resultados a aposentadoria prematura do goleiro Ricardo Pinto. O Flamengo por sua vez é outro time que cresceu "mamando" no Maracanã.
Sobrou o Vasco com São Januário, sustentado por Eurico Miranda.
Outros exemplos ainda de fora do Paraná são Cruzeiro e Atlético-MG e do estado de São Paulo, cito o ainda classificado como "sem terra", Corinthians.
Por outro lado, um exemplo que segue contrário e foi palco da inoperância da federação paranaense, são os estádios do Arapongas e do Operário de Ponta Grossa.
Acredito sim e piamente num FUTURO FORTE para o estado. 2012 será o ano do plantio e a colheita, em 2013.
Por fim, para termos união no Paraná, vou usar uma frase comumente dita entre casais:
"Alguém tem que ceder"
SAV
RODRIGO
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