Opinião, Polêmica e Conspiração
Antigamente o ditado "o futebol é uma caixinha de surpresas" era verdadeiro.
Acontece que o futebol atual, moderno e com visão empresarial, afastou as surpresas dando lugar às commodities.
E com elas, quem tem maior poder de barganha, adquire as melhores qualidades. Assim, os times vão se acomodando dentro de um campeonato nacional, cada qual dentro de suas possibilidades.
A torcida por sua vez espera que seu time seja o melhor sempre.
Ela espera que o time ganhe de todos os adversários, seja dentro ou fora de seus domínios, em especial daqueles que por algum motivo vinham apresentando um péssimo resultado, fosse no campeonato estadual ou nas derradeiras rodadas iniciais do campeonato brasileiro.
E foi assim que a imprensa local tratou os jogos entre Bahia x Coritiba e Oeste x P.Clube.
Isso tem que mudar.
Por observação, notei que o respeito e a coragem não possuem uma relação bem construída com o time do Coritiba.
Tanto é que o alviverde poderia ter definido a partida nos jogos contra o Bahia e o Goiás, mas acabou por ser dominado.
Em ambos os casos, o time demonstrou uma postura vencedora grande parte do tempo, mas não foi efetivo. Assim, abriu espaço para que os adversários "criassem" coragem e "perdessem" o respeito pelo alviverde.
Não podemos viver de nuances, como aconteceu com Geraldo nas finais do tetra-estadual e na primeira partida do Brasileirão. É preciso estabilidade e regularidade, o que poucos atletas tem demonstrado em suas performances.
Com isso, a imagem que está se criando para os adversários é de um Coritiba que não merece ser respeitado, a imagem de um time que é fraco e dependente direto da alta performance de Alex, Deivid, Robinho e Rafinha, em especial quando atuam em casa.
Pelo que compreendi da proposta do Marquinhos Santos, o Coritiba deveria ter uma atuação constante e homogênea, pouco importando quem entra numa substituição, independente da posição.
Só que não é isso que acontece, porque pois mesmo que o Alex tenha falado em fraqueza mental ou ainda mesmo que os atletas estejam cansados, fisicamente falando, a impressão que os atletas passam é que falta vontade, gana mesmo em fazer um resultado positivo.
Essa imagem tem que mudar.
Independente de resultado, há muito não se via uma escalação ser repetida por mais de duas rodadas. Excetuando as substituições, o Coritiba jogou com o mesmo time nas três primeiras rodadas. Vejamos as escalações, quando o Coritiba atuou contra:
- GALO
Vanderlei, Victor Ferraz, Leandro Almeida, Chico, Denis Neves, Junior Urso, Gil, Robinho (Bottinelli), Alex (Lincoln), Geraldo e Deivid (Arthur).
- BAHIA
Vanderlei, Victor Ferraz, Leandro Almeida, Chico, Denis Neves, Junior Urso, Gil, Robinho (Bottinelli), Alex (Arthur), Geraldo (Lincoln) e Deivid.
- GOIAS
Vanderlei, Victor Ferraz, Leandro Almeida, Chico, Denis Neves (Patric), Junior Urso, Gil, Robinho, Alex (Julio Cesar), Geraldo e Deivid (Lincoln).
Infelizmente com as contusões de Denis Neves e Julio César, o técnico será forçado a mudar o padrão. Não sei o quanto perdemos com a ausência dos dois atletas, mas espero que seus substitutos sejam iguais ou melhores e que com eles venha a energia e a vontade que o time precisa.
Isso também tem que mudar.
Torcedor, Leitor, Amigo
Tenha você uma abordagem mais realista, confundida muitas vezes com pessimismo, seja por experiência ou por solidariedade;
Tenha você uma abordagem mais esperançosa, confundida também muitas vezes com o otimismo, seja por experiência ou por solidariedade;
Enxergue o copo meio vazio ou meio cheio;
Ninguém, em nenhum momento pediu, solicitou, implorou, sugeriu ou sequer mandou você aceitar a ideia sobre a Revolução. Tampouco os seguidores dessa ideia irão recriminar e discutir com os que, por motivo particulares, não a seguem. Acredito, inclusive, que isso seria uma enorme perda de tempo, por ambos lados.
Desnecessário dizer que a Revolução é um movimento independente do clube e que deve tomar real forma após a Copa das Confederações, aproveitando que as próximas partidas serão em casa, para se estabelecer um ensaio.
Portanto entendo que todos concordam que a torcida deve ir ao estádio fazer o que melhor sabe, que é torcer durante todo o jogo e apoiar quando um atleta precisar, inclusive.
Todos também concordam que o time merece ser cobrado quando for necessário e que essa cobrança seja feita, de preferência ao final da partida.
Todos entendem que uma performance aquém a esperada por parte do time do Coritiba, não será atribuída pela performance da torcida na arquibancada. Vale relembrar 2009, quando o time caiu pela própria incompetência.
Não existem cegos, míopes, seguidores de alguma seita ou apoiadores de chapa de qualquer cor.
De alguma maneira é preciso que se unam os realistas e os esperançosos, cada qual como achar melhor, para que esse apoio seja mútuo e em prol do mesmo objetivo: o Coritiba.
Acredito que todos temos maturidade para entender que palavras agressivas trocadas entre ambas as correntes criam uma espécie de sabotagem.
E dela é que definitivamente não precisamos.
Coritiba Acima de Tudo
SAV
RODRIGO
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